Direito de Família na Mídia
Crianças holandesas são resgatadas num veleiro no Rio
27/07/2011 Fonte: Espaço VitalBombeiros foram chamados pelos tripulantes de um barco pesqueiro que escutaram o choro de crianças. Os pais tinham deixado os três filhos no local para encontrar amigos num outro veleiro ancorado num outro pier.
A família holandesa, que já está viajando há algum tempo no barco, ficaria mais um tempo no Rio e seguiria para Recife. Depois, retornaria para a Holanda.
Após arrombarem a porta da embarcação, os bombeiros retiraram as crianças - um menino de 4 anos, uma menina de 2 e um bebê de apenas sete meses de idade - e as levaram para o clube. A polícia foi chamada. Segundo a estudante Victorias Chebar, que ajudou no acolhimento dos três, "as crianças chegaram ao Iate Clube muito espantadas e assuatadas". Elas só se tranquilizaram após receberem alimentos e verem, na sede do clube, outras crianças brincando.
Os pais chegaram 40 minutos depois num bote. Uma sócia do clube, a estilista Maria Cristina Flynn, por saber falar inglês, havia ficado com os filhos do casal e deu a eles um prato de comida para que se acalmassem. Ela explicou para os pais que no Brasil não é permitido deixar crianças sozinhas, seja em barcos ou apartamentos:
Segundo o tenente do Corpo de Bombeiros Cássio Julian, o barco estava ancorado a cerca de 300 metros da margem. O veleiro tem nome de Duty Free. O socorro foi chamado às 20h15m.
Diante da ocorrência, foram para o clube representantes do consulado holandês e policiais da Delegacia Especial de Atendimento a Turistas (Deat).
Os pais, Hendrikus Petros Maria e Ivete Theodora Adriana, foram autuados por abandono de incapaz. O casal foi preso, mas pagou fiança de mil reais e em seguida foi liberado. Seus passaportes ficaram retidos, até que haja uma decisão do Juizado da Infância e da Juventude para onde o caso foi encaminhado.
Durante o registro da ocorrência policial, o pai informou que o filho de mais idade (4 anos) ficara com um aparelho de radiotransmissor para que se comunicasse com os genitores, em caso de necessidade.
O cônsul da Holanda - chamado à DP - assinou uma declaração responsabilizando-se pelos menores e, em seguida, restaurou a guarda das crianças aos pais.