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ONU pede que crianças ucranianas não sejam encaminhadas para adoção na Rússia
Em entrevista coletiva nessa terça-feira (14), a diretora regional para a Europa e Ásia Central do Fundo das Nações Unidas para a Infância – Unicef, Afshan Khan, reafirmou os esforços da Organização das Nações Unidas – ONU para que crianças ucranianas não sejam encaminhadas para adoção na Rússia. "Sempre insistimos em que nenhuma criança seja encaminhada para adoção durante um conflito."
Afshan Khan destacou que a ONU privilegia o retorno à família de origem. ”Qualquer decisão de transferir uma criança deve ser baseada em seu melhor interesse, e qualquer movimento deve ser voluntário, com o consentimento informado da família.”
Em março, a ONU já havia expressado preocupação sobre o risco de adoções forçadas de crianças da Ucrânia, principalmente as que estão em instituições ou internatos (cerca de 100 mil, não necessariamente órfãs e cerca de metade deficientes), muitos deles localizados no leste do país.
"Reafirmamos, em particular à Federação Russa, que a adoção nunca deve ocorrer durante ou imediatamente após uma emergência humanitária”, pontuou a diretora do Unicef. Segundo ela, crianças que são separadas de suas famílias não podem ser consideradas órfãs.
Na ocasião, Afshan Khan também comentou sobre a situação das crianças que foram enviadas para a Rússia, e disse que a entidade trabalha em estreita colaboração com mediadores e redes para a documentação dos casos.
Esclareceu ainda que o programa não tem acesso às crianças que estão além da fronteira russa. “Isso é algo que teríamos que fazer em acordo com o governo russo”, concluiu.
61ª edição da Revista IBDFAM aborda as famílias multinacionais
As famílias multinacionais são tema da 61ª edição da Revista Informativa do IBDFAM, já disponível on-line. A publicação do Instituto Brasileiro de Direito de Família – IBDFAM, exclusiva para associados, enfoca as relações de afeto entre pessoas em países distantes, com um destaque para a situação dos refugiados. Acesse e leia na íntegra.
Na nova edição, a advogada Ana Carla Harmatiuk Matos, diretora da região Sul do IBDFAM, fala de sua ascendência ucraniana. Ela relata: “Voltamos a ter semelhantes dores e dificuldades que nossos antepassados sofreram. A sensação de como a ancestralidade também nos constitui ficou mais evidente”.
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