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Dica IBDFAM: Filmes e séries sobre maternidades reais para ver no Dia das Mães

O Dia das Mães será celebrado no próximo domingo, 8 de maio. Fugindo da romantização da maternidade, muitos filmes e séries têm investido em mostrar como ter filhos envolve dificuldades, sacrifícios e responsabilidades. Confira, a seguir, cinco dicas do Instituto Brasileiro de Direito de Família – IBDFAM sobre o tema:
A FILHA PERDIDA (2021)
Neste filme da Netflix que rendeu a Olivia Colman uma indicação ao Oscar, a atriz interpreta Leda, uma mulher que vê os fantasmas de seu passado atordoarem suas férias de verão. Sua estada em um hotel à beira-mar muda drasticamente diante das interações com uma jovem mãe, que despertam antigas lembranças na protagonista.
“Drama psicológico baseado no livro homônimo de Elena Ferrante, com a atuação ímpar de Olivia Colman, A Filha Perdida traz temas envolventes para o Direito das Famílias porque discorre sobre os conflitos emocionais e seus reflexos relacionados ao exercício da maternidade”, define Janete Garcia, membro do IBDFAM.
Ela acrescenta: “O sentimento de culpa por não ter sido a mãe modelo que a sociedade cobra e, ao mesmo tempo, a certeza de que a vivência emocional e profissional também são imprescindíveis na vida da mulher servem de base para o desenvolvimento da trama, que trabalha cenas do passado entrelaçadas com o momento presente e que revelam a solidão e as suas angústias da personagem principal”.
MÃES PARALELAS (2021)
Disponível na Netflix, o filme mais recente de Pedro Almodóvar acompanha duas mães-solo que se conhecem no hospital, dão à luz no mesmo dia e formam um vínculo que transforma suas vidas. Maternidade, verdade biológica, socioafetividade, machismo e luto familiar são alguns dos temas presentes no longa, que rendeu a Penélope Cruz uma indicação ao Oscar.
Para Fernanda Barretto, presidente da Comissão de Direito e Arte do IBDFAM, o cineasta espanhol retrata com sensibilidade as mães e as complexidades do feminino. “As personagens de Almodóvar são ricas e complexas. Geralmente, não têm só uma dimensão, não são maniqueístas. Há também um olhar plural para relações afetivas e sexuais.”
O último episódio do podcast Direito de Família & Arte do IBDFAM também propõe um olhar humanista sobre os aspectos jurídicos e sociais do filme. Para o episódio, foram convidadas a vice-presidente do IBDFAM seção Pernambuco, Catarina Oliveira, e a estudante Manu Falcão. Ouça agora.
MAID (2021)
Drama em 10 episódios original da Netflix mostra Alex (Margaret Qualley), uma jovem mãe que tenta fugir de um relacionamento abusivo. Com uma abordagem sobre as variadas formas de violência de gênero, a produção vem sendo elogiada por segmentos de defesa da mulher, evidenciando mais uma vez o poder da arte em jogar luz sobre mazelas sociais.
“A série é um instrumento artístico primoroso de contextualização da nefasta e silenciosa violência psicológica que é praticada contra as mulheres dentro do ambiente familiar”, comenta Eliene Ferreira Bastos, diretora do IBDFAM da Região Centro-Oeste.
“O contexto retratado tem as peculiaridades do país onde se desenrola a trama, como por exemplo os programas de assistência social que são disponibilizados para apoiar as vítimas. Ainda assim, Maid é uma obra de arte que nos permite a reflexão sobre a realidade vivenciada por mulheres no Brasil, que são obrigadas a deixar seus lares na companhia de filhos, na tentativa de romper o ciclo da violência que são submetidas.”
LADY BIRD: A HORA DE VOAR (2018)
Christine McPherson (Saoirse Ronan) está no último ano do colégio e o que mais deseja é fazer faculdade longe de Sacramento, Califórnia, onde nasceu e foi criada. A ideia rejeitada por sua mãe, Marion (Laurie Metcalf), que luta para lidar com a relação intempestiva com a jovem. Aqui, os conflitos da maternidade são vistos tendo a filha como protagonista.
A moça, que faz questão de ser chamada de Lady Bird, decide levar o plano de ir embora adiante mesmo com a resistência da mãe. Enquanto a hora não chega, ela se divide entre as obrigações estudantis no colégio católico, o primeiro namoro, típicos rituais de passagem para a vida adulta e inúmeros desentendimentos com a genitora.
Tendo as relações familiares, os conflitos entre gerações e as descobertas de uma adolescente que se aproxima da maternidade, Lady Bird: A Hora de Voar conquistou aplausos quando foi lançado, há quatro anos – com cinco indicações ao Oscar, incluindo melhor direção e roteiro original para Greta Gerwig. Disponível no Amazon Prime Video.
COMO NOSSOS PAIS (2017)
A relação entre as mulheres de uma mesma família é o fio condutor deste filme premiado de Laís Bodanzky. Aos 38 anos, Rosa (Maria Ribeiro) está em uma fase difícil de sua vida, marcada por conflitos. Ela precisa desenvolver sua habilidade como mãe, sem deixar de abdicar de seu casamento, seus desejos e suas ambições.
Rosa também continua sendo filha de Clarice (Clarisse Abujamra), com quem tem uma relação cheia de problemas. Durante uma briga, em um rompante de raiva, a matriarca conta à filha que ela não é filha do homem que a criou. A revelação cai como uma bomba na vida da protagonista, que passa a repensar toda a sua vida.
“Eu quis discutir a mulher hoje, essa mulher que quer dar conta de tudo e não dá conta de tudo. E eu não podia falar disso sem falar da culpa, porque eu não estaria falando disso”, avaliou Laís Bodanzky em entrevista sobre o filme concedida ao site Cinema em Cena, por ocasião do lançamento do longa-metragem, em 2017. O filme está disponível na Netflix.
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