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Hospital do Governo de Goiás realiza primeira cirurgia de redesignação sexual pelo SUS
Na última quarta-feira (29), o Hospital Estadual Alberto Rassi – HGG, unidade de saúde do Governo de Goiás, realizou o primeiro procedimento de redesignação sexual pelo Sistema Único de Saúde – SUS. A primeira paciente a adequar o corpo à sua identidade de gênero foi uma cabeleireira de 23 anos.
A iniciativa integra o Serviço Especializado do Processo Transexualizador – Ambulatório TX, criado em 2018 para atender a demanda da população transexual do estado, até então atendida apenas pelo Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás – UFG, que atualmente está com as cirurgias suspensas. O hospital é a primeira unidade de saúde pública do Governo de Goiás a realizar tal procedimento.
O início do atendimento na unidade foi prorrogado devido à necessidade de suspensão de procedimentos eletivos em razão da pandemia. Há outras nove pacientes que já atingiram o prazo de dois anos do início do acompanhamento, estabelecido por lei, para poder realizar a cirurgia, e também devem, em breve, realizar o procedimento.
Conquista para a sociedade
A responsável pelo Ambulatório TX, a ginecologista Margareth Rocha Giglio, destaca que o início das cirurgias redesignadoras é uma conquista para o hospital, para a população trans e para toda a sociedade. Até então, o hospital realizava somente os procedimentos de histerectomia vaginal, que é a retirada do útero, e a mastectomia, a retirada dos seios. As duas cirurgias realizadas até então eram direcionadas aos homens trans.
Conforme os dados divulgados pelo Governo de Goiás, desde sua criação, 515 pessoas passaram pelo serviço do Ambulatório TX, das quais 230 foram atendidas somente neste ano. Já foram realizados 5.277 atendimentos ambulatoriais e 27 cirurgias – 14 plásticas e 13 ginecológicas.
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