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5 expressões e falas capacitistas para excluir do dia a dia
Celebrado nesta terça-feira, 6 de julho, o aniversário de seis anos da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência ou Estatuto da Pessoa com Deficiência (13.146/2015) é uma oportunidade para reconhecer as vulnerabilidades que ainda cercam essa população. Isso inclui a conscientização sobre atitudes e falas que, apesar de enraizadas nos costumes, são discriminatórias e devem ser evitadas.
Em atenção à data, o Instituto Brasileiro de Direito de Família – IBDFAM listou cinco expressões capacitistas que você deve excluir do seu vocabulário para manter uma comunicação mais inclusiva. A relação foi feita com a colaboração da advogada Claudia Grabois Dischon, presidente da Comissão da Pessoa com Deficiência do IBDFAM. Confira, a seguir:
“Deu uma de João sem braço”
Frases como essa associam imagem da pessoa com deficiência à alguém que se eximiu de suas responsabilidades ou teve alguma atitude errada, o que perpetua o preconceito já enraizado na sociedade de que PCDs são “menos capazes”. O mesmo vale para expressões como “que mancada”, “não se faça de cego” e “fingir demência”, entre outras.
“Você faz o que muita gente não faz”
Ter deficiência é algo natural e não impede que se leve a vida. Pessoas com deficiência também estudam, trabalham, se divertem, namoram, te?m filhos, e não devem ser vistas como exemplo de superação por realizar atividades cotidianas.
“Quando penso em reclamar, lembro de você”
Ter deficiência também não é um castigo e as pessoas com deficiência não precisam da sua pena, mas sim do seu respeito. Assim como aquelas sem deficiência, PCDs podem viver uma vida plena ou não. A felicidade não está atrelada à deficiência de alguém. O mesmo vale para frases como “Deus sabe o que faz” ou “vou orar por você”.
“Apesar da deficiência, ela é linda”
Frases como essa também expressam preconceito porque a deficiência é apenas mais uma característica da pessoa, e não deve ser motivo para desqualificar alguém.
"O que vocês são um do outro, são parentes?"
Fazer suposições sobre o relacionamento de pessoas é indelicado. PCDs também namoram.
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