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Convivência entre pais e filhos pela via digital será abordada no I Congresso de Família e Tecnologia do IBDFAM
O I Congresso de Família e Tecnologia do IBDFAM será realizado em 28 de maio, das 10h às 18h, por meio da plataforma Zoom, com emissão de certificados. Diretores nacionais, membros do Instituto Brasileiro de Direito de Família – IBDFAM e convidados especiais compõem a lista de palestrantes. Garanta já a sua participação no evento, as vagas são limitadas. Inscreva-se.
O exercício da guarda e da convivência parental pela via digital é o tema do juiz Rafael Calmon, membro do IBDFAM, em palestra às 11h30. Segundo o especialista, a abordagem já era importante antes da pandemia, tendo em vista os casos de residência em cidades diferentes. O assunto teve sua relevância acentuada quando mães e pais foram afastados da presença dos filhos por conta da proliferação da Covid-19.
Para o magistrado, o enfrentamento da questão requer bom senso e responsabilidade, especialmente para quem reside em cidades distantes e a única forma de se manter contato com os filhos é por meio da tecnologia. "Ao contrário de quem mora na mesma cidade, quando há suspeita de embaraço ou criação de obstáculo por um genitor para que o outro não tenha acesso à criança, pelo menos este outro pode ir à escola, descobrir a rotina da criança e participar de alguma forma física."
"Quando pais e filhos moram em estados ou cidades distantes, não existe essa possibilidade, e o único acesso é realmente a tecnologia. Só que dispositivos como Facetime e WhatsApp permitem o bloqueio de contatos. Nesses casos, a situação vai resvalar na alienação parental, o que tem que ser analisado em conjunto", acrescenta o juiz.
Família e Tecnologia
Sobre a relação entre Família e Tecnologia, Rafael Calmon opina que não é possível, na atualidade, falar de um sem abordar o outro. "É indispensável um evento a respeito desses temas, porque se a dinâmica da vida das pessoas depende da tecnologia, na dinâmica das famílias não é diferente", comenta.
A abordagem necessita de um recorte especial em relação às crianças. "Faz-se necessário o controle parental, por meio de dispositivos e sites, para saber o que as crianças estão acessando. Entre adultos, a tecnologia também é super importante para que a gente mantenha contato, mesmo com pessoas à distância", destaca o magistrado.
A programação do evento é organizada pela Comissão de Direito de Família e Tecnologia do IBDFAM, presidida pela advogada Patrícia Corrêa Sanches. Temas como adoção, cybercrimes, proteção de dados, responsabilidade civil, violência doméstica, herança digital e existência virtual após a morte também estarão em destaque.
Confira a programação do I Congresso de Família e Tecnologia do IBDFAM.
Atendimento à imprensa: ascom@ibdfam.org.br