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Viviane Girardi é eleita presidente da AASP; cargo é ocupado por uma mulher pela primeira vez em 78 anos
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A advogada Viviane Girardi, diretora nacional do Instituto Brasileiro de Direito de Família – IBDFAM, será a nova presidente da Associação dos Advogados de São Paulo – AASP, em 2021. Ela será a primeira mulher a assumir o posto em 78 anos da entidade. Também pela primeira vez a diretoria será composta por maioria feminina, demonstrando o compromisso com a pluralidade e equidade de gênero.
Além de Viviane Girardi como presidente, compõem a diretoria da AASP: Fátima Cristina Bonassa (vice-presidente), Mário Luiz Oliveira da Costa (primeiro secretário), Eduardo Foz Mange (segundo secretário), André Almeida Garcia (primeiro tesoureiro), Paula Lima Hyppolito dos Santos Oliveira (segunda tesoureira), Silvia Rodrigues Pereira Pachikoski (diretora cultural), Flávia Hellmeister Clito Fornaciari Dórea (assessora da diretoria) e Ruy Pereira Camilo Júnior (assessor da diretoria).
Nesta semana, a Ordem dos Advogados do Brasil – OAB aprovou, em reunião de seu Conselho Federal, a implementação da paridade de gênero e de cotas raciais de 30% nas chapas e diretorias nacionais e dos órgãos da entidade em cada estado. Com a aprovação das propostas, valerão nas próximas eleições da Ordem, em novembro de 2021, a composição deverá ser de 50% de mulheres.
Mulheres ainda enfrentam dificuldades para chegar nos postos de poder
Doutora em Direito Civil pela Universidade de São Paulo – USP, Viviane Girardi é associada ao IBDFAM desde a fundação. Ela já integrou a diretoria da seção Paraná do Instituto e atualmente é presidente da Comissão Nacional de Jurisprudência.
"As mulheres representam hoje mais de 50% no total de advogados junto à OAB. Na AASP, esse percentual feminino também vem crescendo de maneira significativa, mostrando que, nos últimos anos, a profissão da advocacia tem se tornado mais feminina. No entanto, ainda não conseguimos, por diversas questões estruturais, chegar aos cargos de poder", avalia Viviane Girardi.
Vários fatores sociais e históricos explicam a disparidade entre homens e mulheres no âmbito do Poder Judiciário, o que se repete em toda a sociedade. "Ainda recai sobre as mulheres a dupla jornada de trabalho. As dificuldades decorrentes dessa realidade impactam no crescimento profissional para que possamos disputar em igualdade com os homens, o que obviamente reflete na ausência de mulheres em cargos de liderança."
"Essa presidência, depois de 78 anos da Associação, ser agora exercida por uma mulher tem uma conotação simbólica da nossa chegada aos lugares de poder. Também marca uma atenção e uma sensibilidade da AASP com a representatividade", frisa Viviane. Ela conta que já há certa paridade no conselho diretor, com 10 mulheres e 11 homens.
Sua eleição contribui para que as profissionais do Direito se sintam representadas. "É muito importante essa presidência neste momento porque reforça a necessidade da igualdade de gênero, da visibilidade e da representatividade das mulheres advogadas", conclui.
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