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Impacto do isolamento social nas relações familiares é objeto de estudo em artigo da Revista Científica do IBDFAM
A pandemia do novo Coronavírus trouxe mudanças significativas em todo o mundo. No Direito das Famílias, antecipou tendências tecnológicas que vinham sendo gradativamente implantadas e intensificou o convívio de familiares que se viram “presos” em suas casas. Abordando as mudanças sociais e jurídicas causadas por esse período, as professoras Lia Cristina Campos Pierson e Martha Solange Scherer Saad escreveram o artigo “Família e isolamento social”, que integra a 39ª edição da Revista IBDFAM - Famílias e Sucessões.
O texto trata sobre o isolamento social e suas consequências para o cotidiano da vida das famílias. Sobre o stress causado pelo medo que tomou conta de todos durante os primeiros meses da pandemia e a tendência aos conflitos em família com o novo cotidiano imposto pela quarentena.
“Falamos dessa incerteza ‘batendo às portas’ da Justiça, observando que parte disso, no campo das famílias, será resolvida por nós mesmos, e à Justiça caberá o papel da homologação”, afirma Lia Pierson.
Ela frisa que o medo da morte causado pela pandemia interfere nas certezas em que se assentam nossas atividades diárias, pois o ser humano necessita da previsibilidade para sentir-se seguro e tomar decisões. Assim como o Direito pretende conferir previsibilidade às ações humanas, fazendo com que elas ingressem em sua esfera de consequências.
“No campo do Direito, haverá, por certo, mudanças que serão percebidas e conhecidas a longo prazo. No campo do funcionamento da Justiça, para além das questões processuais sui generis que essa situação de funcionamento digital vem provocando e pedindo a atenção dos estudiosos e pesquisadores do Direito, é possível verificar a existência de uma reação catalisadora na cultura dos casamentos/uniões e da parentalidade”, garante Lia.
Assim, é perceptível que “a pandemia, a quarentena e o isolamento social não fizeram cessar os litígios familiares e demandas deles decorrentes. Pelo contrário, continuam solicitando apoio dos advogados e respostas do judiciário”, acrescenta.
Problemas e soluções
A professora destaca que a mídia e os debates apontam para o aumento de pedidos de divórcio e violência doméstica durante esse período. No entanto, acredita que apenas com o passar do tempo teremos uma visão mais geral dos fenômenos de modo que essas percepções se concretizem ou não.
“Há muitas ‘bolhas’ em que a principal consequência foi a perda do trabalho, o arriscar-se nas ruas e na condução para buscar o sustento de si e de suas famílias. Pessoalmente, ‘não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe’. Aprendemos a buscar ainda mais o autoconhecimento para obter equilíbrio nos momentos difíceis”, avalia.
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