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“Elas só querem ter uma família e serem amadas”
Maurício de Araújo Carlos, 42 anos, é médico veterinário. Ele é casado com o psicólogo Rafael Loureiro Saldanha, 29, com quem adotou os três irmãos: Eduardo, 12, Ana Cláudia, 10, e Daniel de oito anos. A família mora no Rio de Janeiro e é um belo exemplo de adoção tardia e de irmãos.
Maurício e Rafael estão juntos há 10 anos, mas oficializaram a união há três. “Desde o início do relacionamento pensávamos em adotar, porém nos impomos duas condições: ter uma casa quitada e um negócio próprio dando lucro”, conta o veterinário. Desde que resolveram adotar, optaram por procurar grupos de irmãos e adoções tardias.
Foi através de uma postagem no Facebook, dentro do Grupo de Adoção “Ana Gonzaga”, que eles conheceram as crianças. “Logo entramos em contato com a Vara da Infância de Pernambuco, onde elas estavam, e iniciamos o processo de aproximação via Skype, sempre com autorização judicial e a presença de uma assistente social do abrigo”, relata Maurício.
Após cerca de um mês, o casal viajou para o município de Palmares, em Pernambuco, onde estavam Eduardo, Ana Cláudia e Daniel. Os dois permaneceram por uma semana e, logo em seguida, conseguiram uma audiência para a guarda provisória. “No momento, estamos aguardando sermos chamados pela 3ª Vara da Infância do Rio de Janeiro, visto que o processo foi transferido por precatória”, lembram os pais.
Enquanto isso, os cinco já vivem totalmente adaptados. Maurício explica que houve um rápido envolvimento sentimental entre todos, o que lhe surpreendeu. “Não consigo ver desvantagens na adoção tardia, a criança sabe que está sendo adotada, quer ser adotada e o vínculo familiar ocorre de forma bem natural. Elas só querem ter uma família e serem amadas”, afirma. Ele diz ainda que fica triste ao ver tantos casais que ficam anos na fila de adoção por idealizarem um filho perfeito, com tantas crianças nos abrigos.
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