Diante da série de mudanças e inovações surgidas a partir do século XXI – nas mais variadas esferas da vida humana –, os laços familiares têm demandado debates e reflexões, devido à manifestação de suas novas configurações. A fim de examinar, discutir e desvendar os enigmas das famílias contemporâneas, será realizada, nos dias 16 e 17 deste mês, a XXXIV Jornada de Psicanálise do Círculo Psicanalítico de Minas Gerais. Sediado em Belo Horizonte, o evento promoverá palestras e conferências, coordenadas e conduzidas por renomados elementos da psicanálise.

Um dos palestrantes da Jornada, o psicólogo e psicanalista Paulo Roberto Ceccarelli falou sobre o papel dos profissionais da área diante das necessidades das famílias: “A psicanálise se interessa pelas dinâmicas psíquicas constitutivas do ser humano. No consultório, recebemos as mais diversas formas de arranjos familiares, das quais algumas podem estar passando por ‘dificuldades sociais’ devido a sua organização. O papel da psicanálise é ouvir os sujeitos que nos procuram, e auxiliá-los a compreender suas angústias e aliviar seus sofrimentos, para que vivam melhor”.

Ceccarelli lembra que nenhuma forma de arranjo familiar é garantia de saúde psíquica. O psicanalista, que ministrará o tema “Somos todos filhos adotivos” no segundo dia do evento, defende que, ao chegarmos ao mundo, somos “adotados” por alguém, independentemente da organização familiar na qual somos inseridos. “Se levarmos em conta que, ao nascermos, temos que ser acolhidos psiquicamente para existimos como sujeitos de direito, concluímos que todos somos filhos adotivos”, reitera.

Informações sobre a Jornada podem ser obtidas por meio dos telefones (31) 3223-6115, (31) 3287-1170, pelo endereço eletrônico http://www.cpmg.org.br/XXXIV_jornada/ ou através do e-mail cpmg@cpmg.org.br.