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Governo argentino pretende eliminar feminicídio do Código Penal
Na última sexta-feira (24), o ministro da Justiça da Argentina, Mariano Cúneo Libarona, anunciou que o governo de Javier Milei eliminará o crime de feminicídio do Código Penal do país. O comentário levantou debate nas redes sociais sobre o direito e a proteção das mulheres no país.
Em seu perfil na rede social X, o ministro afirmou que “nenhuma vida vale mais que outra”. “Chegamos até ao ponto de normalizar que, em muitos países supostamente civilizados, se alguém mata uma mulher, isso é chamado de ‘feminicídio’ e acarreta uma pena mais severa do que se alguém mata um homem por causa do sexo da vítima. Legalizando, de fato, que a vida de uma mulher vale mais que a de um homem”, declarou o ministro.
O anúncio ocorreu dois dias após o presidente argentino mencionar em seu discurso no fórum de Davos que “o feminismo radical é uma distorção do conceito de igualdade”.
Conforme informações da CNN Brasil, a Defensoria do Povo da Nação da Argentina registrou cerca de 252 feminicídios entre 1º de janeiro e 15 de novembro do ano passado, o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres. O relatório afirma que 66% das vítimas foram assassinadas em casa, enquanto em 84% dos casos foi possível comprovar um relacionamento anterior com o agressor.
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