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Propostas em análise no Senado visam combater violência de gênero
Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024 mostram que 1,2 milhão de mulheres foram vítimas de violência em 2023, incluindo 1.467 feminicídios, maior número registrado desde a criação da Lei do Feminicídio, em 2015. Além disso, casos de violência doméstica aumentaram 9,8%, alcançando 258,9 mil registros, enquanto as ameaças cresceram 16,5%, com 778,9 mil casos no mesmo período. O Brasil também atingiu um recorde de estupros, com 83.988 vítimas em 2023, e os registros de stalking aumentaram 34,5%, somando 77.083 ocorrências.
Tal realidade tem mobilizado o Senado Federal na aprovação de propostas voltadas à proteção de direitos e ao enfrentamento da violência de gênero. Projetos recentes e leis sancionadas ilustram avanços importantes, mas também refletem a urgência de medidas diante de números alarmantes.
Entre os projetos em análise, está o PL 1.548/2023, de autoria da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), que propõe penas de 12 a 30 anos para homicídios de mulheres motivados por violência doméstica, familiar ou discriminação de gênero. A proposta, já aprovada na Comissão de Segurança Pública, aguarda parecer na Comissão de Constituição e Justiça.
Outra medida em discussão é o PL 2.748/2021, do deputado Aluisio Mendes (Republicanos-MA), que inclui o monitoramento eletrônico entre medidas protetivas de urgência em casos de violência doméstica.
Além disso, o PL 763/2021, do senador Wellington Fagundes (PL-MT), busca ampliar a representatividade política feminina, garantindo uma cota de 30% de vagas para mulheres na Câmara dos Deputados, assembleias legislativas e câmaras municipais.
Já o PL 994/2024, do senador Nelsinho Trad (PSD-MS), propõe a suspensão de salários de agentes públicos afastados por violência doméstica, como forma de coibir tais práticas.
Outras propostas, como o PL 2613/2024, que assegura a guarda provisória dos filhos à mãe vítima de violência doméstica, e o PL 4924/2023, que criminaliza a violação virtual de domicílio, estão em pauta para reforçar a proteção às mulheres.
Entre os avanços já sancionados, o pacote antifeminicídio transformou-se na Lei 14.994/2024, endurecendo as penas para feminicídio e outros crimes relacionados à violência de gênero, além de priorizar a tramitação de processos e conceder gratuidade para vítimas em todas as instâncias judiciais.
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