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Presidente do STF, Barroso defende uso da inteligência artificial no Judiciário brasileiro
O presidente do Supremo Tribunal Federal – STF, ministro Luís Roberto Barroso, defendeu o uso da inteligência artificial no Judiciário, afirmando que a tecnologia poderá escrever sentenças. "Em breve, tenho certeza que teremos a inteligência artificial escrevendo a primeira versão de sentenças", disse o presidente do Supremo.
A declaração foi feita na terça-feira (14), durante participação no J20, evento que reuniu os chefes dos Supremos Tribunais e dos Tribunais Constitucionais dos membros do G20, no Rio de Janeiro.
Barroso também elencou como o STF já utiliza a tecnologia no cotidiano, como no agrupamento de processos por tipo ou no enquadramento de casos em teses de repercussão geral. Em seguida, ele acrescentou os próximos passos, afirmando que o Tribunal trabalha no desenvolvimento de uma ferramenta capaz de localizar precedentes e que, no futuro, acredita que sentenças podem ser escritas por computadores.
Para ele, a IA precisa ser adotada para acelerar o sistema como o do Brasil. "Temos 85 milhões de casos no Brasil no momento, temos que ter ferramentas para acelerar as coisas."
Segundo Barroso, a inteligência artificial "pode tomar melhor decisão em muitas matérias, porque é capaz de processar mais informações com maior velocidade".
Apesar disso, o ministro frisou que a tecnologia ainda carece de ferramentas para ser utilizada com segurança, uma vez que “reproduz os preconceitos que existem na sociedade, porque é alimentada por seres humanos". "Existem muitos riscos e uma discussão sobre regular a IA para proteger direitos fundamentais, proteger a democracia, ainda é necessária", disse Barroso.
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