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III Webinário do IBDFAM Centro-Oeste oferece atualização para profissionais do Direito das Famílias e das Sucessões; inscreva-se
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Entendido como uma das Ciências Sociais Aplicadas, o Direito, na busca por organizar as relações entre cidadãos, grupos, empresas e poder público, de acordo com normas jurídicas, mostra-se com tamanha dinâmica que algumas mudanças podem passar despercebidas. Captar essas mudanças e refletir sobre elas está entre os objetivos do III Webinário do IBDFAM Centro-Oeste: Direito das Sucessões, das Famílias e suas Interlocuções Práticas. O evento virtual, via Zoom, acontece em 10, 11 e 12 de maio. As inscrições estão abertas.
A advogada Líbera Copetti, membro da comissão científica do webinário e presidente do Instituto Brasileiro de Direito de Família, seção Mato Grosso do Sul – IBDFAM-MS, analisa que a necessidade de atualização é ainda maior para profissionais que atuam no campo do Direito das Famílias e das Sucessões.
“O Direito exige dos seus profissionais uma contínua atualização e aprofundamento. No caso do Direito das Famílias e das Sucessões essa necessidade é ainda maior em virtude das novas problemáticas e arranjos sociais que surgem a cada dia, demonstrando-se absolutamente imprescindível o aprofundamento técnico-científico, trazendo a realidade social ao campo científico, construindo pontes e enriquecendo o debate e a solução dos novos problemas”, afirma.
Diante disso, ela avalia que o Webinário do IBDFAM Centro-Oeste desempenha um duplo papel. Ao mesmo tempo que traz à tona temas emergentes, destaca a atuação de profissionais da região.
“Um evento como esse tem fundamental importância não apenas em virtude dos temas absolutamente atuais e relevantes que serão abordados, mas especialmente em razão da valorização dos profissionais que atuam na região Centro-Oeste, que dentro de suas realidades e particularidades, enriqueceram ainda mais o debate”, aponta.
Solução de conflitos parentais
Um dos temas abordados será “Atuação Colaborativa nos Conflitos Parentais”, que marcará o terceiro e último dia do evento. A advogada Ana Valéria Gonçalves, membro do IBDFAM, é uma das palestrantes confirmadas e explica que os conflitos parentais envolvem questões tanto objetivas quanto subjetivas.
“Muitas vezes, as questões subjetivas, como mágoas, ressentimentos, frustrações, raiva e as dificuldades decorrentes dos conflitos que envolvem a conjugalidade, impedem que os pais, na resolução dos conflitos parentais, consigam ter a ataraxia necessária para um diálogo produtivo na busca de soluções para aquele sistema familiar”, observa.
“Como mediadora de família, percebo que a atuação colaborativa entre advogados e partes nos conflitos parentais, além da utilização de profissionais de outras áreas como psicólogos, é fator preponderante para que se busquem soluções duradouras e, consequentemente, produtivas para os conflitos. Todos os envolvidos ganham quando colaboram na busca dessa solução”, ela acrescenta.
A advogada afirma que um dos maiores desafios para a atuação colaborativa nos conflitos parentais é a mudança de mentalidade dos advogados, haja vista que a tentativa de resolver conflitos parentais por meios adversariais faz com que o desentendimento cresça.
“As pessoas em conflitos familiares estão tentando, numa situação muito delicada emocionalmente, tomar decisões racionais. Esse contexto dentro de um clima adversarial acirra os ânimos, a competição e, na grande maioria das situações, as crianças estão no meio. Nessas situações, as pessoas têm que tomar decisões que nem sempre levam em consideração o que é o melhor para cada um e para as crianças”, defende.
Interesses em comum
Ela entende que, em muitos momentos, a função do advogado não é aumentar o conflito, mas sim ajudar seus clientes a resolver o problema da melhor forma possível, encontrando interesses em comum entre as partes e negociando para que todos se sintam satisfeitos.
“O ponto é que as pessoas querem usar as leis, querem usar os advogados, querem usar a justiça para se vingar do outro, querem que o outro, de alguma forma, compense coisas emocionais, subjetivas com questões que são materiais, objetivas. E a tendência aqui é que cliente e advogado tomem atitudes que intensifiquem esse conflito. Leva um tempo mesmo para o conflito fazer com que as pessoas se deem conta de onde que elas estão. E por isso, gastam um tempo e o tempo não volta”, observa.
“Todos querem ser felizes, todos querem ajustar suas vidas, mas usam estratégias que são muito nocivas e que podem levar a desfechos destrutivos e insatisfatórios, fazendo com que a área de família seja uma área em que as partes costumam entrar com muitos processos, o que demonstra que o resultado obtido num determinado processo não solucionou o conflito”, conclui.
Atendimento à imprensa: ascom@ibdfam.org.br