Direito de Família na Mídia
Leia matéria em O Globo - União contra a violência sexual
09/12/2014 Fonte: O GloboSÃO PAULO. Foram quatro anos vivendo num relacionamento abusivo que só foi reconhecido depois da proximidade com o movimento feminista dentro da Universidade de São Paulo (USP). Uma agressão física em 2011, durante o primeiro ano do curso de Ciências Sociais, quando Letícia Pinho, hoje com 26 anos, se virava sozinha pra cuidar do filho então com três anos, foi determinante para a separação.
— Ele me desqualificava, me xingava. Na época, eu estava me matando de estudar pra entrar na USP e ele dizia que eu nunca ia conseguir. Quando eu entrei, ele ficou mais agressivo. Até que um dia ele me bateu. E eu só fui perceber que meu relacionamento era abusivo aqui no movimento ( feminista da USP), eu sentia um profundo mal estar, mas não sabia o que estava acontecendo — conta a aluna, que diz que chegou a procurar uma delegacia para denunciar o ex marido mas desistiu pela burocracia.
Hoje, Letícia faz parte da Frente Feminista da USP, organização integrada pelos diversos grupos
feministas que surgiram nos últimos anos na instituição, e o coletivo Para Além dos Muros, associado ao movimento nacional das Mulheres em Luta. Ela é uma das alunas que se dedicam a receber dezenas de relatos de violência contra a mulher dentro do campus e está à frente das manifestações sobre os casos ocorridos na Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) que vieram à tona depois de audiências públicas realizadas pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de São Paulo. Leia mais.