Juíza Madgéli Frantz Machado falou sobre a Lei Maria da Penha para uma comunidade 
na zona sul de Porto Alegre

A primeira visita do projeto Maria na Comunidade aconteceu nesta sexta-feira (18/10). A equipe se reuniu com a ONG Aldeia da Fraternidade, localizada no bairro Tristeza, zona sul da cidade. O projeto é coordenado pela Juíza de Direito Madgéli Frantz Machado, da Vara da Violência Doméstica do Foro Central de Porto Alegre.

Durante o encontro, a magistrada explicou a Lei Maria da Penha, do surgimento até sua aplicação e funcionamento. É preciso informar as pessoas sobre o funcionamento do Judiciário, quais são as maneiras corretas de lidar com os conflitos, bem como preveni-los. Falou sobre as Medidas Protetivas de Urgência e como elas visam garantir a segurança da mulher agredida. Detalhou os tipos de violência que a mulher pode resolver, não só física, mas verbal e psicológica. Crianças presenciam violência dentro de casa e reproduzem o comportamento no futuro, explicou. É preciso instaurar uma mudança de pensamento, de hábitos, para que possamos eliminar as atitudes de violência e ensinar a resolver conflitos através do diálogo, advertiu a Juíza.

A Oficial Escrevente Ivete Machado Vargas abordou métodos de resolução de conflitos, exemplificando a possibilidade de analisar conflitos sob uma ótica positiva, fazendo com que se torne algo natural, de forma que seja também resolvido com positividade.

Roberto Alexandre Vucetic, Assistente Social Judiciário, que atende o Juizado da Violência Doméstica, falou sobre seu trabalho de encaminhamento dos agressores às comunidades terapêuticas. Sobre a necessidade de dar atendimento e realizar o acompanhamento em casos que o agressor é usuário de drogas ele destacou que o trabalho precisa ter seguimento para que ataquemos a causa. Assim podemos qualificar nosso trabalho e ajudar na resolução do problema da violência doméstica.

Para a psicóloga e coordenadora da ONG, Ligia Monteiro Farias Prado, o encontro proposto pelo Juizado da Violência Doméstica contra a Mulher veio para auxiliar com a demanda da comunidade, pois temos um número muito grande de mulheres vítimas de violência doméstica. Afirmou ainda, a importância do esclarecimento da lei, mostrar para as mulheres seus direitos. Isso vai ajudar muito no nosso trabalho.

As escolas e instituições interessadas em aderir ao projeto podem entrar em contato com o Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher através do telefone (51) 3210-6669 e do e-mail frpoacentjzvdfam@tj.rs.gov.br.