O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Campanha Nacional pelo Direito à Educação lançaram, no dia 31 de agosto, o relatório Todas as crianças na escola em 2015 – Iniciativa global pelas crianças fora da escola. O objetivo do estudo é analisar o perfil das crianças e dos adolescentes fora da escola ou em risco de evasão no Brasil e indicar as principais barreiras que levam a essa situação. A pesquisa aponta que um dos principais fatores que dificultam a permanência dos estudantes na escola é o fracasso escolar, representado pela repetência e abandono que provocam elevadas taxas de distorção idade-série. Mais de 3,7 milhões de alunos das séries iniciais do ensino fundamental encontram-se com idade superior à recomendada para a série que frequentam. Outro fator é o trabalho infantil e o atendimento inadequado ou inexistente às crianças e aos adolescentes com deficiência. Leia mais sobre o relatório no site do Unicef Brasil.

 

Educação no campo – Nada menos que 13.691. Esse é o número de escolas brasileiras que funcionavam no campo e foram fechadas nos últimos cinco anos. Atualmente, existem apenas 76 mil escolas na zona rural e nem todas estão em bom funcionamento: 90,1% não tem acesso à internet; 15% não tem energia elétrica; 10,4% não possui água potável; e 14,7% sequer tem acesso a serviço de esgoto. O atendimento a crianças e adolescentes que vivem no campo também deixa a desejar. As creches atendem apenas 6,98% das crianças até 3 anos e a pré-escola chega a 66,8% da população de 4 e 5 anos. O ensino de jovens adultos é oferecido a 4,34% dos estudantes no nível fundamental a e 3,10% no nível médio. Os dados foram apresentados pela diretora de Políticas para Educação do Campo, Indígena e para as Relações Étnico-Raciais do Ministério da Educação (MEC), Macaé Evaristo, durante o Ciclo de Debates Agricultura Familiar e Desenvolvimento Rural Sustentável, realizado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais.