Há sete anos, o dia 25 de maio tem um significado especial para a família do professor universitário Guilherme Moura: em dezembro de 2004, ele e sua esposa Cintia Andrade adotaram o primeiro de quatro filhos que têm hoje - todos adotados. Henrique foi adotado quando tinha um ano. Dois meses depois chegou Marília com um ano e cinco meses. Ana entrou na família com quase quatro anos e completa os cinco neste sábado (26). João faz três anos em julho, chegou com quase dois. Ana faz aniversário um dia depois do Dia Nacional da Adoção - comemorado nesta sexta (25).

Cerca de dois meses depois da chegada de Henrique, o casal entrou em contato com o Grupo de Estudos e Apoio à Adoção do Recife (GEAD) do qual fazem parte até hoje. "Começam a surgir umas dúvidas naturais como sobre a revelação da adoção", explica Guilherme. Todos os filhos da família sabem que foram adotados e encaram o tema com naturalidade. De acordo com Guilherme, o que é bonito não é para ser escondido ou será entendido como algo errado: "Volta e meia Marília me pede pra contar como foi primeira vez que nos vimos, bati o olho nela no meio das crianças, foi muito bonito. Conto e ela morre de rir". O pai aprendeu com o grupo que toda pessoa tem direito de ter acesso à sua biografia e a família trata do tema cotidianamente. Cíntia inclusive tem um livro infantil sobre o tema: "Os golfinhos que adotaram um tubarão".

Pessoas interessadas em adotar, devem se dirigir ao Fórum da cidade onde moram. No Recife, a 2ª Vara da Infância e da Juventude é a responsável pelo processo de adoção e se localiza na Rua Dr. João Fernandes Vieira, 405, no centro da cidade. Atualmente, Recife apresenta uma lista com 164 pretendentes ativos no Cadastro Nacional de Adoção e 85 crianças estão aptas a serem adotadas. Isto significa que, na capital, 85 crianças esperam por adoção e 164 famílias desejam adotar.

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