Direito de Família na Mídia
7 tabus que você não quer abordar, mas deveria
22/05/2012 Fonte: Exame.com
São Paulo - Alguns assuntos que mexem com seu bolso e seu emocional são tabus, mas faz bem discuti-los com a sua família. "Tudo que envolve dinheiro e emoção deixa o ser humano fragilizado, sem pensar direito", diz o consultor financeiro e gerente geral do Instituto Nacional dos Investidores (INI), Mauro Calil.
Antes de ser pego desprevenido frente a uma situação difícil - um divórcio, a perda de um emprego, uma doença ou uma morte na família - previna-se. Remediar, via poder Judiciário, por exemplo, pode ser muito pior. "Você pode recorrer à Justiça para retardar os processos, mas essa é a alternativa dos desesperados", diz Calil. Veja a seguir 7 situações financeiras sobre as quais você talvez não queira conversar, mas deveria.
1. E se você se divorciar?
Quem casa não pensa em descasar, mas é inegável que nenhum relacionamento é imune a percalços ou mesmo ao fim. E o resultado de um mau planejamento pode resultar numa vida financeira desestabilizada após um eventual divórcio.
Para prevenir os problemas financeiros advindos do divórcio, o melhor caminho é fazer uma escolha de regime de bens consciente. Na comunhão parcial, que é o regime padrão no Brasil, todos os bens adquiridos e rendimentos auferidos após o casório serão divididos irmãmente; os bens adquiridos antes do casamento não entram na divisão.
Caso não seja de interesse do casal dividir absolutamente tudo - se houver uma diferença grande de patrimônio e renda entre ambos, por exemplo - é possível fazer um pacto antenupcial para pedir a separação total de bens. Em caso de divórcio, cada um fica com os bens e rendimentos que estiverem em seu nome. Essa medida é interessante também para casais que já tenham filhos de casamentos anteriores, para não haver problemas na hora da partilha.
Quem já casou sem o pacto antenupcial ainda pode mudar o regime de bens. É possível fazer um pacto pós-nupcial, redefinindo os termos do "contrato" em caso de divórcio. É possível, inclusive, customizar o regime de bens, escolhendo quais bens podem ser divididos e quais não. Para quem está se divorciando e não fez essa alteração, a saída para que nenhum dos dois saia perdendo é um acordo amigável - o que pode ser difícil caso haja ressentimento entre as partes.
2. E se eu perder o emprego?
Para que uma demissão não derrube as finanças da família, é fundamental construir um colchão financeiro de emergência. Trata-se do custo total de vida da família para um período de seis a 18 meses, acumulado em uma aplicação de alta liquidez, como caderneta de poupança. Antes de começar a poupar para a aposentadoria - ou concomitantemente a isso - comece a formar a sua reserva de emergências.
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