Começa nesta terça-feira, 15 de maio, o ciclo de debates e eventos culturais "Maio Cultural", promovido pelo Centro Acadêmico Guimarães Rosa (Guima), do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (USP). Com o tema "I will survive — a diversidade por trás do estereótipo", este ano o ciclo vai debater a diversidade sexual e de gênero.

Serão realizados cinco debates nos auditórios dos cursos de História e de Geografia na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) — Rua do Lago, 717 —, e no auditório da Casa de Cultura Japonesa — Avenida Lineu Prestes, 159 —, sempre com início às 17h30.

O primeiro deles, no dia 15, será feito em conjunto com o Centro Acadêmico de Estudos Linguísticos e Literários (CAELL, da Faculdade de Letras). Será uma mesa de discussão com o tema "Todas as Letras: Transfobia, Lesbofobia e Homofobia em debate" e terá a participação do professor doutor Ferdinando Martins (ECA/Diversidade USP), de Dário Neto (doutorando em Literatura Brasileira na FFLCH), da drag queen Silvetty Montilla (a confirmar) e do Coletivo Feminista Marias Baderna.

Uma semana depois, em 22 de maio, será debatido o tema "Identidade". A mesa será composta por João Nery, psicólogo, transexual, um dos primeiros brasileiros a fazer a chamada cirurgia de redesignação sexual, e Maya Foigel, psicanalista e psicóloga no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Maya é especializada em terapia para transexuais. Nesse dia João Nery lançará o livro autobiográfico "Viagem Solitária" e fará uma sessão de autógrafos após o debate.

Em 31 de maio, uma "Roda de Discussão" vai mobilizar militantes do Movimento Estudantil que adotam a pauta LGBT.

"Questões de Arte" é o tema da mesa de 6 de junho, com o cartunista Laerte, adepto do crossdressing, termo que remete às pessoas que usam roupas e outras indumentárias normalmente associadas ao sexo oposto. O crossdressing, no entanto, não está relacionado à orientação sexual — o crossdresser pode ser heterossexual, homossexual, bissexual ou assexual — ou à transexualidade. Também farão parte do debate Daniel Peixoto, artista cearense que mistura música eletrônica com ritmos tropicais, e Heloísa Buarque, professora doutora do Departamento de Antropologia da USP e pesquisadora colaboradora do Pagu, Núcleo de Estudos de Gênero, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

O quinto e último debate na FFLCH será no dia 11 de junho e tratará de "Questões Jurídico-Políticas". Na mesa, o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ), membro da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, e a advogada Cissa Szaz Guimarães, especialista em Direito de Família e Direito Homoafetivo, além do Grupo de Estudos Direito e Sexualidade, da Faculdade de Direito da USP.

O ciclo também inclui a exibição dos filmes Tomboy (França, 2011), em 18 de maio, às 18 horas, na Escola de Comunicações e Artes (ECA), em projeção ao ar livre; XXY (Argentina, 2007), em 24 de maio, às 17h30, na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA); Milk (EUA, 2008), no dia 30 de maio, às 17h30; e Elvis&Madona (Brasil, 2010), em 5 de junho, também às 17h30. Os filmes são o modo como se integra ao Maio Cultural o Clube de Cinema que o Guima mantém conjuntamente com o Centro Acadêmico Visconde de Cairu, da FEA, e a entidade FEA Debates. Cada longa será seguido de discussões. Os locais de exibição de Milk e Elvis&Madona ainda não foram definidos.

A programação, que inclui ainda a participação na 16ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, em 10 de junho, será encerrada com o "Sarau Purpurinado", no dia 16 de junho, a partir das 17h30, no "Canil" da ECA.

Informações para a Imprensa:

- Maio Cultural — ciclo de debates com o tema "I will survive — a diversidade por trás do estereótipo"

- De 15 de maio a 16 de junho na USP

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