Direito de Família na Mídia
Pais compartilham experiência em curso para adoção
20/04/2012 Fonte: 24 Horas NewsA psicóloga Larissa Laura da Silva é jovem, solteira e não tem problemas de fertilidade, mesmo assim há quatro meses ela enfrentou o desafio de criar e educar um filho adotivo sozinha, um menino de um ano de idade. Ela esteve nesta quinta-feira (19) na primeira aula do nono curso Pré-natal da Adoção para compartilhar a experiência de ser mãe de uma criança adotiva com 31 pretendentes a acolher um menor em seus lares.
O curso oferecido pelo Poder Judiciário e pela Ampara, entidade sem fins lucrativos, visa preparar os futuros pais adotivos para evitar a devolução de garotos e garotas e incentivar a adoção de meninos e meninas especiais. A preparação é requisito imposto por Lei Federal para estabelecer a relação legal de filiação.
Larissa contou que o desejo de ser mãe nasceu quando ela começou a trabalhar no Lar da Criança. Ela se comoveu com as súplicas dos pequenos por ganhar um pai e uma mãe como presente de Natal.
A psicóloga lembra que enfrentou o preconceito e a resistência da família, que, ao conhecer o seu mais novo integrante, acabou estabelecendo laços afetivos e apoiando a iniciativa. Larissa lembra que o processo de legalização foi muito rápido, desmistificando o conceito que ela tinha de que adoção era algo complicado e demorado. "Depois de uma semana que eu havia entrado com o pedido o Miguel já veio para mim", lembrou.
O casal Carlos Alberto de Souza e Meire Dourado de Souza também são pais adotivos de uma menina de cinco anos e eles querem adotar mais uma criança. Emocionados, o eletricista de automóveis e a secretária contaram que a primeira filha adotiva veio para preencher um vazio e apagar a marca que a perda de duas gestações deixou em suas vidas. "Deus já estava preparando essa menina para nós e pode colocar outra. Os pais são os que criam e não os que não querem criar", observou Carlos.
Meire lembrou que depois de passar por duas gestações que não chegaram ao fim acabou ficando estéril. Ela classificou a experiência da adoção como maravilhosa. Meire e o esposo acreditam que uma família só se completa com a chegada de um filho. "Um casamento pode até se desmanchar se não houver esse laço maior entre o casal", avaliou Carlos.
A presidente da Ampara, Lindacir Rocha Bernardon, explica que o primeiro passo para quem quer adotar é ir até a Vara da Infância e Juventude e fazer o cadastro. Depois é necessário fazer o curso preparatório que inclui em sua programação quatro encontros e uma visita ao abrigo. A próxima etapa é receber a visita de uma equipe técnica composta por psicólogos e assistentes sociais. A partir do laudo desses profissionais é que o juiz decidirá se a pessoa ou o casal está apto a adotar. Sendo um resultado positivo, o pretendente entra na fila de espera da adoção.
Hoje o Lar da Criança em Cuiabá abriga 145 crianças, mas apenas 30 estão prontas para serem adotadas, na faixa etária entre 9 a 17 anos. Já em todo o Estado esse número dobra. Os menores que não estão preparados para a adoção são aqueles que ainda procuram restabelecer laços familiares com seus próprios parentes ou que seus progenitores são dependentes químicos que têm chances de recuperação do vício e de obter a guarda.
O curso oferecido pelo Poder Judiciário e pela Ampara, entidade sem fins lucrativos, visa preparar os futuros pais adotivos para evitar a devolução de garotos e garotas e incentivar a adoção de meninos e meninas especiais. A preparação é requisito imposto por Lei Federal para estabelecer a relação legal de filiação.
Larissa contou que o desejo de ser mãe nasceu quando ela começou a trabalhar no Lar da Criança. Ela se comoveu com as súplicas dos pequenos por ganhar um pai e uma mãe como presente de Natal.
A psicóloga lembra que enfrentou o preconceito e a resistência da família, que, ao conhecer o seu mais novo integrante, acabou estabelecendo laços afetivos e apoiando a iniciativa. Larissa lembra que o processo de legalização foi muito rápido, desmistificando o conceito que ela tinha de que adoção era algo complicado e demorado. "Depois de uma semana que eu havia entrado com o pedido o Miguel já veio para mim", lembrou.
O casal Carlos Alberto de Souza e Meire Dourado de Souza também são pais adotivos de uma menina de cinco anos e eles querem adotar mais uma criança. Emocionados, o eletricista de automóveis e a secretária contaram que a primeira filha adotiva veio para preencher um vazio e apagar a marca que a perda de duas gestações deixou em suas vidas. "Deus já estava preparando essa menina para nós e pode colocar outra. Os pais são os que criam e não os que não querem criar", observou Carlos.
Meire lembrou que depois de passar por duas gestações que não chegaram ao fim acabou ficando estéril. Ela classificou a experiência da adoção como maravilhosa. Meire e o esposo acreditam que uma família só se completa com a chegada de um filho. "Um casamento pode até se desmanchar se não houver esse laço maior entre o casal", avaliou Carlos.
A presidente da Ampara, Lindacir Rocha Bernardon, explica que o primeiro passo para quem quer adotar é ir até a Vara da Infância e Juventude e fazer o cadastro. Depois é necessário fazer o curso preparatório que inclui em sua programação quatro encontros e uma visita ao abrigo. A próxima etapa é receber a visita de uma equipe técnica composta por psicólogos e assistentes sociais. A partir do laudo desses profissionais é que o juiz decidirá se a pessoa ou o casal está apto a adotar. Sendo um resultado positivo, o pretendente entra na fila de espera da adoção.
Hoje o Lar da Criança em Cuiabá abriga 145 crianças, mas apenas 30 estão prontas para serem adotadas, na faixa etária entre 9 a 17 anos. Já em todo o Estado esse número dobra. Os menores que não estão preparados para a adoção são aqueles que ainda procuram restabelecer laços familiares com seus próprios parentes ou que seus progenitores são dependentes químicos que têm chances de recuperação do vício e de obter a guarda.