Direito de Família na Mídia
Aborto aumenta risco de morte da mãe
06/09/2010 Fonte: Portal UaiBrasília - Uma em cada 10 mulheres mortas no ano passado em decorrência de problemas na gestação sofreu um aborto, espontâneo ou provocado. O aborto é uma das principais causas de mortalidade materna no Brasil: em 10% dos casos, a expulsão prematura do feto foi a razão dos óbitos, segundo dados oficiais do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde. Os dados revelam que 2.010 mulheres que abortaram morreram nos últimos 15 anos. Esses são os casos que chegaram até a rede pública de saúde, aqueles que o governo tomou conhecimento e computou em seus levantamentos. Na clandestinidade, muitas mulheres morrem sem que façam parte das estatísticas oficiais.
A Pesquisa Nacional de Aborto (PNA), desenvolvida pelo Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero e divulgada em maio, mostrou que metade das mulheres que já fizeram um aborto precisou buscar atendimento na rede de saúde, em razão de complicações no procedimento realizado. Essas mulheres recorrem a medicamentos abortivos, principalmente o Cytotec, mas não é essa escolha a responsável pela maioria das internações.
As gestantes que recorrem à indução do aborto, em clínicas clandestinas, são as principais vítimas de mortalidade materna. "É possível que essas mulheres estejam abortando sob condições de saúde precárias, uma vez que grande parte delas tem um baixo nível educacional", conclui a PNA. A proporção de abortos fatais entre os casos de mortalidade materna não diminuiu ao longo dos anos, levando-se em conta os dados oficiais do Ministério da Saúde. Pelo contrário: aumentou de 9,2% em 2005 para 10,1% no ano passado.
"Há regiões no Brasil, como a Bahia, na qual o aborto inseguro é a principal causa de mortalidade materna", afirma a secretária-executiva da Rede Feminista de Saúde, Télia Negrão. A entidade defende a descriminalização do aborto em razão da grande quantidade de mortes provocadas pelos procedimentos clandestinos. Em Recife, a morte de cinco mulheres no ano passado chamou a atenção das autoridades de saúde pública da capital pernambucana. Depois de sofrer um aborto, as cinco jovens, com idades entre 19 e 28 anos, procuraram atendimento na rede pública de saúde e morreram pouco tempo depois dos primeiros atendimentos médicos.
Clandestino
O grupo técnico do comitê municipal de mortalidade materna foi a campo para investigar os abortos. Encontrou resistência dos familiares e indícios de que os procedimentos foram feitos de forma clandestina. "As causas ligadas à sexualidade são sempre obscuras", afirma a gerente de Atenção à Saúde da Mulher da Secretaria de Saúde de Recife, Benita Spinelli. "Não é possível dizer com certeza que os abortos foram provocados. Só se sabe que essas mulheres deram entrada nas maternidades públicas com complicações de saúde."
A Pesquisa Nacional de Aborto (PNA), desenvolvida pelo Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero e divulgada em maio, mostrou que metade das mulheres que já fizeram um aborto precisou buscar atendimento na rede de saúde, em razão de complicações no procedimento realizado. Essas mulheres recorrem a medicamentos abortivos, principalmente o Cytotec, mas não é essa escolha a responsável pela maioria das internações.
As gestantes que recorrem à indução do aborto, em clínicas clandestinas, são as principais vítimas de mortalidade materna. "É possível que essas mulheres estejam abortando sob condições de saúde precárias, uma vez que grande parte delas tem um baixo nível educacional", conclui a PNA. A proporção de abortos fatais entre os casos de mortalidade materna não diminuiu ao longo dos anos, levando-se em conta os dados oficiais do Ministério da Saúde. Pelo contrário: aumentou de 9,2% em 2005 para 10,1% no ano passado.
"Há regiões no Brasil, como a Bahia, na qual o aborto inseguro é a principal causa de mortalidade materna", afirma a secretária-executiva da Rede Feminista de Saúde, Télia Negrão. A entidade defende a descriminalização do aborto em razão da grande quantidade de mortes provocadas pelos procedimentos clandestinos. Em Recife, a morte de cinco mulheres no ano passado chamou a atenção das autoridades de saúde pública da capital pernambucana. Depois de sofrer um aborto, as cinco jovens, com idades entre 19 e 28 anos, procuraram atendimento na rede pública de saúde e morreram pouco tempo depois dos primeiros atendimentos médicos.
Clandestino
O grupo técnico do comitê municipal de mortalidade materna foi a campo para investigar os abortos. Encontrou resistência dos familiares e indícios de que os procedimentos foram feitos de forma clandestina. "As causas ligadas à sexualidade são sempre obscuras", afirma a gerente de Atenção à Saúde da Mulher da Secretaria de Saúde de Recife, Benita Spinelli. "Não é possível dizer com certeza que os abortos foram provocados. Só se sabe que essas mulheres deram entrada nas maternidades públicas com complicações de saúde."