Direito de Família na Mídia
Ampliação da licença-maternidade preocupa trabalhadoras
18/08/2008 Fonte: andiA ampliação da licença-maternidade de quatro para seis meses está preocupando algumas trabalhadoras. Elas acreditam que o novo benefício poderá dificultar a abertura de portas no mercado de trabalho para elas, já que algumas empresas poderão dar preferência aos homens na hora de contratar novos funcionários.
A CNI (Confederação Nacional da Indústria) avalia que a ampliação da licença para seis meses sacrificará a competitividade da indústria brasileira. "Não é dureza de coração, mas quatro meses de licença-maternidade estão de bom tamanho", afirmou o presidente do Conselho de Relações do Trabalho da entidade empresarial, Francisco Gadelha. "Estão sendo criados mais encargos para as empresas. Daqui a pouco, na hora de contratar, vão começar a evitar mulheres que possam ter filhos", prevê. "As empresas serão obrigadas a substituir a trabalhadora por mais tempo, colocando em seu lugar uma pessoa menos preparada para a função. E, se você não substituir, é sinal de que a funcionária não é necessária para a empresa", afirmou o representante da CNI.
No entanto, muitas trabalhadoras pensam como Jardelma Rosa de Queiroz, 29 anos, que tem uma filha de quatro anos. Ela é agente de saúde e durante a gravidez teve os quatro meses de licença-maternidade. "Foi muito importante passar esse período com minha filha. Se os empresários quiserem punir as mulheres, eu quero ver quem vai fazer nosso trabalho", avalia.
"Folha de S. Paulo (SP), Denyse Godoy e Juliana Sofia; Jornal do Brasil (RJ); O Estado de S. Paulo (SP), Giovana Girardi; A Gazeta (MT) - 15/08/2008"