TEL-AVIV, 25 ABR (ANSA) - Israel reconheceu pela primeira vez a adoção de uma criança por um casal homossexual e lhe concedeu a nacionalidade israelense de um de seus pais, anunciou em Jerusalém a organização Nova Família, que acompanhou com seus advogados ao longo do processo.

    O caso consiste em dois homens, um israelense e outro norte-americano, que depois de casarem no exterior adotaram há oito anos, nos Estados Unidos, um menino do Camboja que agora tem 9 anos.

    Em 2001, o casal se mudou para Israel, mas o menino não havia sido reconhecido como filho, por isso não tinha direito a nacionalidade israelense e morava em Israel com uma permissão temporária.

    "Durante anos foi um pesadelo, cada vez que cruzava a fronteira ou simplesmente precisávamos matricular o menino na escola, tínhamos que prestar contas de quem ele era e a titulo do que o acompanhávamos, já que seu nome não estava em nossos registros", contou um dos pais adotivos.

    Depois de uma série de instancias, chegando até a Suprema Corte de Justiça, o ministro do Interior israelense, 'em consideração as circunstancias especiais e a longa residência no estado judeu", decidiu dar ao menino a nacionalidade, como filho adotivo do casal gay.

    "É um autentico marco histórico, porque é a primeira vez e de modo direto que Israel reconheceu plena legitimidade aos direitos de um casal homossexual, equiparando-os aos de um casal heterossexual", disse Irit Rosenblum, diretor da Nova Família.