O presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho, leu nesta segunda-feira (24) em Plenário a composição da comissão parlamentar de inquérito (CPI) que vai investigar o uso da Internet na prática de crimes de pedofilia. Mesmo sem as indicações dos titulares e suplentes de seu partido, o PMDB, e dos suplentes do bloco de apoio ao governo, Garibaldi disse que a CPI está apta a iniciar seus trabalhos.

- Mesmo diante dessas lacunas, já há maioria capaz de, constituída a CPI, iniciar os trabalhos - afirmou o presidente do Senado, tão logo terminou a leitura dos nomes dos integrantes da CPI.

A CPI foi pedida pelo senador Magno Malta (PL ES), que deverá ser eleito presidente da comissão em sua sessão de instalação. A comissão terá sete senadores titulares e cinco suplentes e vai dispor de 120 dias para concluir as investigações, a um custo previsto de R$ 400 mil. No pedido de instalação da CPI, Malta disse que as investigações serão centradas nos resultados da chamada Operação Carrossel, da Polícia Federal, deflagrada no final de 2007. Dela participaram mais de 400 policiais federais, que cumpriram mais de cem mandados de busca e apreensão em mais de 50 cidades de 15 estados.

Os membros titulares da CPI já indicados são a senadora Rosalba Ciarlini (DEM RN) e o senador Eduardo Azeredo (PSDB MG), pelo bloco parlamentar da Minoria; Magno Malta e Paulo Paim (PT-RS), pelo bloco de apoio ao governo; e Romeu Tuma (SP), pelo PTB. São suplentes da comissão a senadora Maria do Carmo Alves (DEM SE); Cícero Lucena (PSDB PB); e Sérgio Zambiasi (PTB RS).