Direito de Família na Mídia
Feminicídio cresce no DF onde há falta de estrutura para atender a mulher
24/10/2018 Fonte: Agência BrasilOs números de feminicídios no Distrito Federal cresceram neste ano, em comparação a 2017.
Até setembro de 2018, 22 mulheres já perderam a vida pelo fato de serem do sexo feminino. Em todo o ano de 2017, foram 19 vítimas de feminicídio, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública.
O último caso de morte devido ao gênero ocorreu nessa terça-feira (23), no Setor de Mansões de Sobradinho II. A vítima foi uma mulher de 45 anos. O suspeito do crime é o namorado da vítima, que está foragido.
O principal centro de apoio a mulheres vítimas de violência no Distrito Federal, a Casa da Mulher Brasileira, localizada na 601 Norte - área central de Brasília -, está há mais de seis meses fechada para reparos.
Em nota, a Secretaria Adjunta de Políticas para as Mulheres, responsável pelo local, não informou quando as obras ficarão prontas, apenas que as mulheres são atendidas na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, na 204 Sul.
Ainda de acordo com a secretaria, as vítimas de violência no Distrito Federal recebem auxílio em duas unidades móveis, quatro centros de Atendimento à Mulher; na Casa Abrigo e nos núcleos de Atendimento à Família e Autores de Violência Doméstica.
A Associação de Mulheres de Sobradinho II, que trabalha há 17 anos com apoio às mulheres que sofrem agressões, encaminhava às vítimas que precisavam de novo endereço, para a Casa da Mulher.
Mas, agora, não tem um local para deixá-las em segurança, como confirma a diretora administrativa da entidade, Arádia Cabreiro.
A Casa da Mulher Brasileira reunia, em um mesmo local, delegacia especializada, juizado, defensoria pública, promotoria, alojamento de passagem, equipes psicossocial e de orientação para emprego e renda.
Agora, as mulheres precisam se dirigir a diversos endereços diferentes para receber apoio contra ameaças e agressões.