Direito de Família na Mídia
Ex-casal decide dividir animais domésticos após divórcio
04/06/2018 Fonte: AndaPor mais que a situação possa parecer uma questão menor para quem olha de fora, para os envolvidos há uma série de sentimentos em jogo na hora de decidir quem ficará com o animal doméstico.
No caso do ex-casal formado pela designer Polim Taveira, de 38 anos, e pelo bartender Ulisses Henrique de Oliveira Filho, 38, a opção foi pelo bem-estar. Tutores do gato Café e da cadela Dita, da raça dachshund, quando eles chegaram no consenso da separação decidiram pela divisão dos animais. Ela ficou com a cachorrinha e ele, com o gato.
“O ponto principal era o bem-estar dos animais. A Dita é muito apegada na Polim e o melhor seria que as duas ficassem juntas em prol da saúde da cachorrinha. O Café, assim como todos os gatos, é mais independente e se adapta rápido em outro ambiente. Ele é mais tranquilo. No entanto, a gente continua entendendo que os dois são responsabilidade nossa”, lembra Ulisses. Os animais estão com o ex-casal – que também não teve filhos durante o casamento e que se separou há pouco mais de um ano – desde filhotes.
Apesar de cada animal viver em um endereço diferente, os tutores nunca ficam muito tempo ser ver os animais. “É uma guarda compartilhada, mas não tem pressão para visitar. Quando sinto saudade, peço para o Ulisses trazer o Café e ele vem também visitar a Dita. A gente não impôs uma regra. Se ele não tem com quem deixar o gato por conta de viagem de trabalho, ele traz e eu fico com ele na boa”, comenta Polim. Os tutores também deixaram combinado que cada um deve arcar individualmente com as despesas dos mascotes.
Polim diz que é válida a discussão da guarda dos animais domésticos chegar no Superior Tribunal de Justiça. “Como muitos casais não conseguem se entender em relação aos pets, é necessário que a Justiça entre no meio disso. Agora, quando é feito um acordo, como foi nosso caso, tudo é mais saudável”, afirma. Ulisses também concorda com a discussão da pauta no Judiciário. “É um assunto bastante delicado. Mesmo que pareça superficial para muita gente, tem pessoas que criam os bichinhos como da família mesmo”.