Direito de Família na Mídia
Relatório aponta as dificuldades enfrentadas por estudantes de famílias de imigrantes
20/03/2018 Fonte: EBCDesvantagens socioeconômicas e barreiras linguísticas são os maiores obstáculos ao sucesso na escola para estudantes de famílias de imigrantes. A conclusão é de um estudo realizado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE. O documento, lançado hoje, trata do fenômeno da migração, que já atinge mais de 258 milhões de pessoas em todo o mundo.
O relatório mostra que as dificuldades costumam afetar particularmente os imigrantes de primeira geração, ou seja, os estudantes que nasceram no estrangeiro ou que têm pais nascidos no exterior.
O texto aponta ainda como os fluxos de migração estão mudando profundamente a composição das salas de aula. Dados de 2015 revelam que quase 25% dos estudantes de 15 anos de idade nos países da OCDE eram estrangeiros ou tinham pais estrangeiros.
De acordo com a pesquisa, cerca de 50% dos alunos de origem imigrante não conseguiu atingiu as habilidades acadêmicas básicas em leitura, matemática e ciências. Já entre os alunos nativos, ou seja, os que não têm origem estrangeira, a proporção é de um em cada quatro.
O relatório mostrou que os imigrantes sentem um menor senso de pertencimento na escola, relatam menos satisfação e maior ansiedade. Eles são mais propensos a frequentar escolas com um pior clima disciplinar e uma maior prevalência de faltas. Além disso, são mais propensos a serem vítimas de bullying e tratados de forma injusta pelos professores.
Tudo isso contribui para diferenças entre estudantes nativos e imigrantes no desempenho acadêmico e no bem-estar.
De acordo com o estudo, os professores têm um papel fundamental a desempenhar para ajudar os alunos a se adaptarem em suas salas de aula e na sociedade em geral. Eles devem receber mais apoio e treinamento para lidar com aulas cada vez mais multiculturais, abordando o bullying e envolvendo pais de estudantes imigrantes.