Direito de Família na Mídia
Guarda Compartilhada e o mito do filho mochilinha
07/07/2017 Fonte: Jusbrasil (publicado Myrelle Jacob)A guarda compartilhada foi reforçada com a Lei da Guarda Compartilhada em 2014, mas, por ser pouco discutida, ainda deixa muitos pais e mães aflitos. Para ajudar a diminuir a aflição, hoje vamos falar sobre o "mito do filho mochilinha", expressão utilizada pelo professor Conrado Paulino da Rosa.
Muitos pais pensam que, caso seja instituída a guarda compartilhada, o filho viverá pulando de uma casa para outra com a mochila nas costas, sem criar vínculo em lugar nenhum.
Isso não é verdade! Mesmo na guarda compartilhada, existe base de moradia estabelecida, ou seja, o local onde o filho criará raízes. Afinal, em qualquer demanda familiar que envolva criança ou adolescente, todos os profissionais do direito que lidam com o caso devem se orientar pelo princípio do melhor interesse do menor.
Ou seja, o mais importante é que a criança ou adolescente se sinta confortável e se desenvolva de forma saudável com a rotina estabelecida para ele, contando, é claro, com o amplo convívio com ambos os pais.
O intuito de aplicar a guarda compartilhada é chamar os pais a participarem ativamente da criação dos filhos. Com a guarda unilateral, o pai ou mãe que não tinha a guarda, comumente se sentia afastado, figurando como mero visitante nessa relação.
Então, pais, não tenham medo da guarda compartilhada! Ainda vou falar muito sobre ela por aqui e tenho certeza que muitos desses receios serão solucionados.