Direito de Família na Mídia
Escola discute violência contra crianças
22/03/2016 Fonte: TJPAO projeto Minha Escola Meu Refúgio, cujo objetivo é alertar pais e educadores sobre mudanças de comportamento que evidenciam violência física, psicológica e sexual contra crianças e jovens, estará nesta sexta-feira, 18, na Unidade Pedagógica Santana do Aurá, no Aurá, em Ananindeua, para conversar com a comunidade escolar sobre direitos de crianças e adolescentes, a rede de proteção disponível para denúncias e os sinais que podem indicar que uma criança ou um jovem podem estar sendo vítimas de algum tipo de abuso.
O projeto é da Vara de Crimes contra Crianças e Adolescentes de Belém, a única do Estado especializada nessa matéria, cujo juiz Wagner Soares da Costa participará pela primeira vez da iniciativa, que envolve também o Ministério Público e a Defensoria. “Vamos conversar com professores e coordenadores sobre casos recorrentes na Vara de Crimes contra Crianças e Adolescentes, repassar informações da literatura especializada sobre o tema e orientá-los sobre como identificar esses sinais, os cuidados na abordagem e como denunciá-los”, informa o juiz.
O magistrado diz que é muito grande o número de processos relacionados a crimes contra crianças e jovens, sobretudo os relacionados à violência e abusos sexuais no âmbito intrafamiliar, cometidos por parentes, amigos, vizinhos ou pessoas próximas. “A estimativa é de que apenas 10% dos casos se transformem em processos judiciais”, diz o magistrado, ao frisar que muitas vezes a violência é acompanhada também por ameaças à vida da criança ou de algum familiar, caso ela revele o crime.
A psicóloga Mayra Ramos Lopes, da equipe multidisciplinar da Vara, diz que é comum durante as palestras que surjam entre os participantes relatos de violências sofridas, no passado, ou mesmo de casos suspeitos na vizinhança. Ela explica que o objetivo do projeto é envolver a comunidade escolar na identificação dos sinais de violência para dar mais eficiência ao combate às graves consequências decorrentes da agressão, que incluem desde a reprodução do comportamento pela vítima, no futuro, até a drástica mudança de comportamento.
Os sintomas mais frequentes apresentados por crianças e jovens vítimas de agressão são irritabilidade, insônia, falta de apetite, baixo rendimento escolar, ideação suicida, rebeldia, oscilação de humor, enurese e encoprese (descontrole das funções fisiológicas), entre outros, todos extremamente nocivos e prejudiciais ao bom e sadio desenvolvimento da criança e do adolescente. A ação do “Minha Escola, Meu Refúgio” está marcada para as 9 horas.
Fonte: Coordenadoria de Imprensa
Texto: Edir Gaya