Direito de Família na Mídia
Amigues para sempre
15/02/2016 Fonte: VejaSe voltassem hoje ao mundo dos vivos, o escritor Álvares de Azevedo, o poeta Manuel Bandeira e o ex-presidente Floriano Peixoto estranhariam muitas coisas. E uma delas seria o cabeçalho da prova de biologia aplicada no ano passado no colégio em que eles estudaram, o Pedro II, no Rio de Janeiro, o terceiro mais antigo em atividade no Brasil. Ao lado do campo a ser preenchido com o nome de cada estudante, a prova trazia a palavra alunx, em vez de "aluno" ou "aluna". Todos na classe conheciam o significado daquele xis. Em mensagens trocadas nas redes sociais, jovens e adolescentes usam a letra, assim como o "e", para suprimir a identificação masculina ou feminina em palavras como "amigx" ou "queridx" - na versão com "e", mais pronunciável, "amigue" ou "queride". É o chamado gênero neutro, utilizado basicamente em duas situações: a pedido, quando o outro diz que quer ser tratado assim, ou por iniciativa de quem escreve - e prefere não cravar se o destinatário é homem, mulher, e assim por diante. Assim por diante?