Direito de Família na Mídia
Cléo está presente
14/09/2015 Fonte: Revista Piauí
Cléo diz que é geminiana, que é de lua – e tem dias em que está mais emotiva. Foi só por isso, explicou, que não soube como reagir. Era época de provas, e a biblioteca da Pontifícia Universidade Católica, no Rio de Janeiro, estava cheia. Cléo solicitou um livro. No balcão de entrega, o atendente chamou em voz alta: “Cleber.” Ninguém respondeu. Sentada num canto da sala, Cléo se levantou, caminhou até o guichê e parou na frente do funcionário. O rapaz tornou a chamar o nome que Cléo deixou de usar aos 16 anos. Acostumada a afirmar o gênero com que se identifica “desde sempre”, naquele dia ela não estava preparada. Apresentou-se, pegou o livro e saiu, mas não sem antes perceber os burburinhos e olhares à volta: “É como se o brilho nos olhos das pessoas mudasse. Te olham diferente, sabe? Como se tivesse um destaque negativo sobre você.”