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Associação dos Magistrados Brasileiros e CNJ criam campanha que incentiva homens a combaterem a violência doméstica
Após completar dois anos incentivando mulheres vítimas de abuso, ameaças e agressões a pedirem ajuda por meio de um X vermelho na palma da mão, a campanha "Sinal Vermelho Contra a Violência Doméstica" ganha a nova missão de conscientizar os homens. A nova fase da campanha é coordenada em conjunto pela Associação dos Magistrados Brasileiros –AMB e o Conselho Nacional de Justiça – CNJ,
A iniciativa busca evidenciar o papel masculino no enfrentamento à violência de gênero, como pontua a presidente da AMB, Renata Gil. "O engajamento dos homens é fundamental. Só construiremos uma sociedade livre, justa e igualitária no dia em que nenhuma mulher sofrer violações somente por ser mulher".
De acordo com o presidente do CNJ, o ministro Luiz Fux, ainda há muito a ser feito neste sentido. "Nos chegam inúmeros casos de violência contra as mulheres. Recentemente, nos deparamos com um caso de escravidão. Temos uma sociedade que viveu o regime da escravidão por 400 anos e naturalizou a violência contra mulheres negras, assim como a prostituição de crianças. Temos o dever de mudar drasticamente essa cultura de exclusão. Temos o dever de ser feministas", afirma, citando a escritora nigeriana Chimamanda Adichie.
A Campanha Sinal Vermelho, lançada em junho de 2020 em decorrência ao crescimento dos índices de feminicídio durante a pandemia, ganhou relevância em todo o país. Cerca de 15 milhões de pessoas foram impactadas nas redes sociais com o compartilhamento de quase 30 mil fotos com a #sinalvermelho. Inúmeras mulheres que viviam sob vigilância constante buscaram auxílio ao se dirigirem a farmácias com X vermelho marcado na mão, levando shoppings, agências bancárias, cartórios, tribunais e órgãos públicos a aderirem a campanha.
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