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Campanha 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres segue a todo vapor
Ao longo das últimas semanas, a campanha 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres tem mobilizado a sociedade em prol do enfrentamento à violência de gênero. Como parte da iniciativa, no próximo domingo (5), será realizada uma caminhada pelo fim da violência contra as mulheres e meninas, às 9h, no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro.
A ação será promovida pelo Grupo Mulheres do Brasil, com o apoio da Comissão de Gênero e Violência Doméstica da seção Rio de Janeiro do Instituto Brasileiro de Direito de Família – IBDFAM-RJ. No último fim de semana, a comissão apoiou o show do cantor Pedro Miranda no Museu Histórico da Cidade do Rio de Janeiro.
Sem os direitos das mulheres, os direitos não são humanos
Como forma de reconhecer a vulnerabilidade da mulher negra, um dos grupos mais discriminados e que sofre maior violência no Brasil, a campanha, inicialmente lançada pelo Centro de Liderança Global de Mulheres como “16 dias de ativismo”, teve a duração alterada. O início passou a ser em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra.
O encerramento será em 10 de dezembro, em razão do Dia Internacional dos Direitos Humanos, data em que a Declaração Universal dos Direitos Humanos foi adotada pela Organização das Nações Unidas – ONU, como resposta à barbárie praticada na segunda guerra mundial. Segundo a advogada Adélia Moreira Pessoa, presidente da Comissão de Gênero e Violência Doméstica do IBDFAM, a data é importante para lembrar que sem os direitos das mulheres, os direitos não são humanos. “A luta, atualmente, não consiste somente na conquista de direitos, mas na possibilidade de exercê-los.”
Em entrevista recente, Adélia destacou que é urgente e necessário sensibilizar, envolver e mobilizar toda a sociedade no engajamento pelo fim da violência contra a mulher, e não só por meio de movimentos organizados de mulheres que buscam promover a equidade de gênero. “Precisamos desenvolver ações em múltiplas dimensões e formatos, abrangendo as várias áreas como família, saúde (com atenção especial para direitos sexuais e reprodutivos), educação, trabalho, ação social, política, justiça, segurança pública e direitos humanos.”
“É indispensável traçar estratégias para denunciar e monitorar, em um processo dialético, de estabelecimento de articulações entre atores da sociedade civil e entre estes e o Estado, pois não é suficiente o reconhecimento normativo. É preciso dar visibilidade social desses direitos a toda a população e lutar para sua tradução em políticas públicas para sua plena efetivação. Precisamos falar de acesso aos direitos. Inclusive o direito de a mulher viver sem violência e sem discriminação”, frisou a advogada na ocasião. Leia a entrevista na íntegra.
Atendimento à imprensa: ascom@ibdfam.org.br