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Artigo científico examina os novos paradigmas da filiação socioafetiva
“Novos paradigmas da filiação socioafetiva" é tema de artigo de autoria de Cleber Couto, Promotor de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais e membro do IBDFAM, que está entre os destaques da 43ª edição da Revista IBDFAM: Famílias e Sucessões. Assine e garanta o seu exemplar.
No texto, o autor lembra que, há não muito tempo, “a família tinha características bem definidas: patriarcal, hierarquizada, patrimonial e matrimonializada. O marido e pai era o chefe da família, hierarquicamente superior aos demais membros familiares, com amplos poderes.” A história, conforme o artigo, fez mudar essa realidade. “A família contemporânea deixou de ser um fim em si mesma para se tornar um instrumento de plena realização da pessoa humana. No mesmo passo com a evolução histórica da família, idêntico fenômeno ocorreu com a filiação.”
Cleber Couto reconhece que, após a decisão da Suprema Corte Brasileira, em 2016, que reconhece a filiação socioafetiva em igualdade com a filiação biológica, admitindo, inclusive, a multiparentalidade, a doutrina e a jurisprudência brasileira são chamadas a revisitar os paradigmas da filiação brasileira. “Isso porque, não obstante a igualdade entre a filiação biológica e socioafetiva, inúmeros conflitos continuam a surgir no mundo fenomênico. O presente trabalho pretende tratar de alguns deles, lançando novas luzes nessa realidade mutante e multifacetária chamada filiação.”
Segundo o promotor, o principal desafio atual é verificar se a igualdade filial proclamada pela Suprema Corte Brasileira se trata de uma igualdade retórica ou uma igualdade realmente levada a sério. “A igualdade filial não pode ser apenas um critério ornamental. Nos conflitos filiais, a filiação socioafetiva deve ser concretamente considerada em seu valor e peso dimensional.”
O especialista ressalta ainda que a afetividade é a energia que move a humanidade. “A filiação socioafetiva, porque lastreada na afetividade, possui grande valor, sobretudo nesse momento em que mais precisamos do carinho e do afeto do outro. Afinal, a filiação é um lugar onde cada um ocupa uma função, um múnus em relação ao outro.”
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