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Especialistas do IBDFAM dão dicas de filmes para o Dia Internacional da Mulher
O Dia Internacional da Mulher, na próxima segunda-feira, 8 de março, reforça a luta por igualdade e contra a violência e a discriminação, ainda latentes na sociedade contemporânea. Foi o que apontaram, em entrevista ao Instituto Brasileiro de Direito de Família – IBDFAM, as advogadas Adélia Moreira Pessoa e Maria Berenice Dias, respectivamente, presidente da Comissão de Gênero e Violência Doméstica e vice-presidente nacional do Instituto.
Também a convite do IBDFAM, as especialistas elencaram dicas de filmes, entre documentários, longas de ficção e curtas-metragens, a fim de marcar a celebração do Dia Internacional da Mulher. Confira, a seguir, cinco sugestões para ficar por dentro sobre o tema neste fim de semana:
Cultura do estupro
O documentário A Filha da Índia (2015), de Leslee Udwin, conta a história da jovem que sofreu um estupro coletivo dentro de um ônibus em Nova Déli, em 2012, levando-a à morte. "O crime gerou uma discussão nacional sobre a violência sexual contra mulheres na Índia e causou onda de protestos sem precedentes no país, com alteração do rumo de julgamentos", conta Adélia. A produção traz entrevistas com os criminosos, evidenciando como o estupro era naturalizado e a culpa, atribuída à vítima.
Maria da Penha
O longa Vidas Partidas (2016) é inspirado na história de Maria da Penha, que deu nome à Lei 11.340/2006, de enfrentamento à violência doméstica e familiar. Dirigido por Marcos Schechtman, longa brasileiro aborda esse problema crônico da sociedade brasileira. "A produção retrata o machismo predominante, os ataques de ciúmes dele, a promoção dela no trabalho, a desigualdade de direitos entre os gêneros", comenta Adélia.
Exemplo da Suprema Corte Americana
A trajetória de Ruth Bader Ginsburg (1933-2020), juíza da Suprema Corte dos EUA que revolucionou o direitos das mulheres, é narrada no documentário A Juíza (2018), disponível no Telecine Play, e no longa de ficção Suprema (2019), da Amazon Prime Video. "Foi uma mulher que se destacou pelas lutas feministas. Precisamos ter mais Ruths em todas as instâncias do poder", afirma Maria Berenice Dias.
Violência doméstica
O espanhol Pelos Meus Olhos (2003), da cineasta Icíar Bollaín, aborda a desgastada convivência, que transforma num inferno a vida de Pilar (Laia Marull), uma mulher submissa e mãe de um garoto que assiste às agressões. "Também é uma história de superação da vítima, que consegue sua autonomia, apoiada por amigas e pela irmã", define Adélia.
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