O Instituto Brasileiro de Direito de Família – IBDFAM promove, na próxima semana, dois cursos on-line, por meio da plataforma Zoom. Gratuitas e exclusivas para os associados, as atividades abordarão a mediação no Direito das Famílias e uma comparação com o Chile no tocante a alimentos e guarda compartilhada.

Na segunda-feira (18), às 15h, o curso “Alimentos e Guarda Compartilhada no Chile” reúne os advogados e professores João Aguirre, presidente da Comissão Nacional de Ensino Jurídico de Família do IBDFAM; a chilena Daniela Horvitz Lennon, presidente eleita da Associação Internacional de Juristas da Família – AIJUDEFA; e Cassio Namur, primeiro vice-presidente da AIJUDEFA e diretor nacional do IBDFAM. Vagas limitadas: inscreva-se!

Segundo Cassio Namur, o curso vai mostrar como funciona o sistema de guarda compartilhada no Chile, investigando se há similaridade com a situação jurídica que temos no Brasil atualmente. "Vamos buscar entender como a Justiça chilena encara esse tema, respondendo perguntas como: se a guarda compartilhada é parecida com a nossa; se há uma tendência de que os filhos fiquem com as mães na maioria das vezes; como se dá a pensão alimentícia; e até como funciona em relação aos casais homoafetivos. Além disso, vamos também mencionar como a Justiça do Chile tem funcionado nesse período de pandemia", adianta o advogado.

Já na terça-feira (19), a advogada colaborativa Ana Gerbase, presidente da Comissão Nacional de Mediação do IBDFAM, e a psicanalista Giselle Groeninga, diretora nacional do IBDFAM, se encontram no curso “Mediação no Direito de Família”, que será realizado às 19h. As vagas são limitadas. Inscreva-se!

"Vamos abordar os conflitos familiares em tempos de pandemia e a abordagem dos advogados especialistas na área, na condução das questões junto a seus clientes", conta Ana. "Em tempos de isolamento social, com famílias inteiras confinadas em um mesmo ambiente, exercendo atividades mais diversas e distintas das habitualmente praticadas, surgem os mais diversos conflitos que, dificilmente serão enfrentados de forma adequada, devido o momento de estresse que todos estão passando."

A advogada nota que a situação fez emergir divergências na realidade das famílias, o que pode levar ao caos e a decisões precipitadas. "É importante a orientação do profissional do Direito neste momento. A mediação deve ser utilizada a fim de permitir que as partes possam ouvir e serem ouvidas, antes de qualquer decisão. As práticas colaborativas devem ser exploradas, pois nelas encontramos o apoio de profissionais preparados para atuarem na busca de soluções adequadas, além do apoio de terapeutas especializados em questões familiares e de crianças e adolescentes", observa a advogada.

Já Giselle Groeninga atenta que a mediação assume nova importância diante de impasses em tempos de crise e de maior vulnerabilidade. "O instituto da mediação interdisciplinar já era uma realidade e, mais do que nunca, se mostra eficaz para abordar os conflitos e ampliar a necessária comunicação, inclusive tendo em vista um sistema judicial quase à beira do colapso, com um inevitável aumento da demanda", comenta.

"A agilidade e mesmo a informalidade, comparativamente ao processo judicial, faz da mediação uma ferramenta eficaz acessível, a partir da formação em mediação por profissionais que são procurados nas crises familiares. O IBDFAM traz, em sua tradição, a mediação interdisciplinar com base psicanalítica que possibilita o uso de técnicas aplicadas não só à mediação propriamente dita, mas também à conciliação e à negociação", assinala a psicanalista.