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Artigo na Revista Científica do IBDFAM aborda a dicotomia entre o mito e a banalização da Alienação Parental
De autoria da psicóloga jurídica Beatrice Marinho Paulo, o artigo “Alienação Parental: entre o mito e a banalização - a busca de novas soluções para velhos problemas no MP/RJ” é um dos destaques da 31ª edição da Revista IBDFAM - Famílias e Sucessões.
Beatrice, que é membro do Instituto Brasileiro de Direito de Família - IBDFAM, explica que o artigo é fruto de angústias e reflexões que ela tem percebido há anos trabalhando com o tema na Justiça do Rio de Janeiro, e de uma dicotomia que ela observa no momento.
“Enquanto tem alguns que dizem que a Alienação Parental sequer existe, é só um mito criado para defender abusador, tem um outro grupo que diz que tudo é Alienação Parental. Então, de repente, começou um movimento em qualquer processo de dificuldade de ver o filho, mal-entendido e discordância do casal, que tudo vira alienação parental na Justiça. Para quem está na linha de frente, tendo que avaliar esses casos e indicar para o promotor ou juiz a melhor forma de lidar com cada um, fica muito clara essa banalização”, afirma.
Beatrice Marinho afirma que o artigo foi um grito de alerta tentando apontar algumas situações. Ela destaca que, atualmente, é preciso ter calma, pois não se pode afirmar que alienação parental não existe, ao mesmo tempo que nem tudo é alienação parental. É necessário mais critério e cuidado ao dar o nome para as diversas situações.
“São muitas as questões que me angustiam, me preocupam e eu vejo como embaralhadas e tratadas de mau jeito, quando tudo tem um nome de alienação. E aí falta critério, profissionalismo e cuidado. Não é assim, falou uma vez do pai, a mãe é alienadora. Porque se for assim, todos nós somos, casados inclusive. Nós nunca nos damos bem como casal o tempo inteiro, tem sempre um momento que um fala do outro para o filho. A alienação é mais complexa, mais intencionada no sentido de ferir mesmo aquele laço, desgastar aquele convívio”, destaca.
Por fim, a psicóloga diz que é necessário buscar maneiras de prevenir a alienação parental. Não se pode apenas esperar acontecer para que se busque acertar as coisas. É preciso que, ainda na raiz do problema, ele seja combatido.
“É preciso tratar desse assunto preventivamente, como, por exemplo, buscar resolver a questão quando se identificar algum problema no início do processo de separação e da guarda dos filhos. Identificar isso na conversa com os pais”, diz.
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