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Juíza relaciona a figura feminina na obra de Chico Buarque e o direito da mulher em palestra no Congresso Brasileiro de Direito de Família
“A mulher na obra de Chico Buarque” será o tema da palestra da juíza Ana Maria Louzada, presidente do Instituto Brasileiro de Direito de Família no Distrito Federal (IBDFAM/DF). A palestra integra a programação do X Congresso Brasileiro de Direito de Família e acontece no dia 22 de outubro, a partir das 14h, no Ouro Minas Palace Hotel, em Belo Horizonte.
Segundo a magistrada, a palestra abordará a evolução do direito da mulher no cenário nacional e as diversas formas de como isso se traduz na música. “Desde a mulher considerada infiel, a prostituta, a do lar, a que trabalha fora e sustenta os filhos, etc.”, exemplifica.
Ana Maria Louzada entende que esta abordagem possui desafio e importância muito grandes. “Um desafio porque nos faz repensar o direito como uma ciência aberta, de onde se entrelaçam as mais diversas situações cotidianas, que muitas vezes podem ser melhor compreendidas pela arte do que pelo próprio Direito. E a importância reside aí mesmo, nessa nova visão de mundo, de nos mostrarmos sem amarras para que possamos compreender cada vez mais o ser humano em sua inteireza. Só o Direito não nos dá essa completude. Penso que no Direito de Família é preciso sensibilidade para que se possa aceitar a realidade do outro. E a música do Chico nos mostra isso”, comenta.
A juíza explica que vários pontos serão abordados, dentre eles as mulheres nominadas por Chico Buarque, como Bárbara, Ana de Amsterdam, Rita, etc., que são cantadas e vistas por um homem ou por outra mulher. Ainda serão trazidas para reflexão canções em que o músico e escritor se coloca como uma mulher e traduz as mazelas femininas. “Exemplo disso são as canções Olhos nos Olhos e Atrás da Porta, sempre fazendo uma rede de conexões com o Direito de Família, notadamente o direito da mulher”, disse.
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