Somos homens e mulheres iguais? Somos. Está na lei, e daí? Na realidade do cotidiano das conjugalidades o que existe? Indaga a diretora nacional do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), Adélia Moreira Pessoa (SE). Para ela, que apresenta, neste instante, a palestra “Gênero, violência e conjugalidade: superando desafios”, o operador do Direito de Família não deve se acomodar com a realidade formal, aquela que está na lei porque não é o que de fato acontece nas relações conjugais. Adélia considera necessário que “tenhamos um olhar diferente” sobre o tema.

 

A diretora nacional do IBDFAM reflete que não é fácil identificar os caminhos a serem seguidos quanto a matéria, mas é preciso buscá-los, e diz que a violência conjugal é reflexo de uma cultura patriarcal e de autoritarismos e domínio.” Existe realmente toda uma cultura de autoritarismo existem ainda resquícios patriarcais na nossa cultura e sem perceber somos enredados nela de maneira que temos a impressão de que isso é natural. Por exemplo,  o controle masculino em relação até aos olhares da mulher”, disse.

 

Essa violência entre os casais, segundo Adélia, é “devastadora” para os demais membros da família. “Muitas vezes ligamos a palra violência apenas  a violência física, mas existem outras violências que permeiam o cotidiano de alguns casais e que tem uma influencia devastadora sobre os demais membros das famílias, como as crianças. Isso repercute de uma maneira negativa em todos que pertencem aquela família, então isso não e um problema só da mulher precisamos desmitificar isso de que é um problema da mulher porque na verdade é um probelam da família da sociedade e do Estado . Do Estado juiz do Estado Leegislador e do Estado Executivo. Temos que ter políticas públicas  no sentido de assistência e proteção dessa mulher e também  uma possibilidade de cuidar deste agressor, dessa pessoa que agride hoje numa primeira família e que pode agredir amanhã em uma outra família”,explica.