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CPI investiga tráfico de crianças no Rio de Janeiro
Nesta quinta-feira (29), a Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), que investiga denúncias relativas ao tráfico de crianças no estado, se reuniu para discutir a criação de ferramentas para apurar casos de desaparecimentos, supostas adoções e falsificação de certidões de nascimento ligados a casos de tráfico de crianças.
A advogada Silvana do Monte Moreira (RJ), presidente da Comissão de Adoção do Instituto Brasileiro de direito de Família (Ibdfam) estava presente na reunião. Para ela, a presença de profissionais da área de adoção é importante para esclarecer sobre a adoção legal e dissociar o tema do tráfico de crianças.
“A CPI nos disponibilizou tempo para prestarmos todos os esclarecimentos possíveis acerca da adoção internacional e, com a evolução dos
trabalhos, falamos, também, sobre adoção nacional, habilitação, Cadastro Nacional de Adoção, adoção homoafetiva, adoção poliafetiva, adoção monoparental, estágio de convivência, destituição do poder familiar, grupos de apoio à adoção, parentalidade sócio-afetiva dentre outras questões”, disse.
Para o presidente da CPI, deputado Paulo Ramos, a adoção ilegal, em muitos casos, pode mascarar ocorrências de tráfico internacional, exploração sexual ou tráfico de órgãos. "É necessário que haja mais precisão nas investigações e que se amarrem as pistas e provas para que se tenha mais agilidade na resolução dos casos. Os governos
estadual e federal, trabalhando em conjunto, certamente trarão mais agilidade nas investigações", reitera o parlamentar.
Silvana Moreira avalia que o trabalho da CPI é muito importante para coibir a prática do tráfico de pessoas, “um crime que nos remete à barbárie do tempo da escravidão e que não pode manter-se em pleno século XXI. Quando tal crime é praticado contra crianças, que gozam de absoluta prioridade, a sordidez é inimaginável”, comentou a advogada.
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