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CNJ divulga pedido do IBDFAM solicitando a regulamentação do casamento civil homoafetivo
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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgou hoje (12), os pedidos de entidades solicitando a regulamentação do casamento civil homoafetivo. Protocolaram pedido, junto ao Conselho, para que regulamente em âmbito nacional o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) a Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Rio de Janeiro (Arpen). Já o pedido de autoria do Instituto Brasileiro de Direito da Família (IBDFAM), tramita no CNJ desde dezembro de 2012.
“O que importa agora, sob a égide da Carta de 1988, é que essas famílias multiformes recebam efetivamente a especial proteção do Estado” afirma o IBDFAM no pedido.Nos pedidos do PSOL e da Arpen as entidades argumentam que, diante da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que equiparou as uniões estáveis homoafetivas às heteroafetivas na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4.277, de 2011 e reconheceu a união homoafetiva como um modelo legítimo de entidade familiar, tais uniões devem se submeter às mesmas regras e consequências da união estável heteroafetiva.
Para o PSOL e a Arpen, uma das consequências da união estável é a possibilidade de ser convertida em casamento civil. “Então é evidente que a união estável homoafetiva deve poder ser convertida em casamento civil, afinal, trata-se de uma família conjugal com igualdade de direitos com a união estável heteroafetiva”, argumentam no pedido de providências protocolado no CNJ. Diante disso, as entidades pedem ao Conselho que emita ato administrativo em que determine que os cartórios reconheçam essa conversão, assim como realizem o casamento civil de casais do mesmo sexo, diretamente, sem a necessidade de prévia união estável.
Todas as entidades lembram em seus pedidos que há experiências bem-sucedidas em alguns tribunais de Justiça, que expediram normas administrativas para adequação dos atos extrajudiciais sobre casamento civil homoafetivo. Apesar disso, segundo o IBDFAM, “ainda assim persistem os inúmeros problemas interpretativos surgidos na atualidade, sobretudo os injustos reflexos existenciais e patrimoniais ora submetidos aos homossexuais”.
Conforme o documento enviado pelo IBDFAM, essa regulamentação é importante, visto que o casamento civil é a melhor forma de proteção para as famílias. “Em sendo verdade que o casamento civil é a forma pela qual o Estado melhor protege a família, e sendo múltiplos os "arranjos" familiares reconhecidos pela Carta Magna, não há de ser negada essa via a nenhuma família que por ela optar, independentemente de orientação sexual dos partícipes, uma vez que as famílias constituídas por pares homoafetivos possuem os mesmos núcleos axiológicos daquelas constituídas por casais heteroafetivos, quais sejam, a dignidade das pessoas de seus membros e o afeto”.
O pedido de providências do PSOL e da Arpen foi distribuído ao conselheiro Emmanuel Campelo, mas poderá ser encaminhado ao corregedor nacional de Justiça, ministro Francisco Falcão, que já aprecia a solicitação do IBDFAM, formulada no final de 2012. Com informações da Agência CNJ de Notícias
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