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Congresso trata das famílias e suas relações multidisciplinares
O III Congresso de Direito de Família do Mercosul dará visibilidade às várias questões que permeiam o universo das relações familiares. Para abrir o evento, o presidente nacional do IBDFAM, Rodrigo da Cunha Pereira, discutirá "A nova organização das famílias" ressaltando o Estatuto das Famílias (PL674/2007) e a decisão do STF que reconheceu como estável a união entre pessoas do mesmo sexo. A presidente do IBDFAM/RS e coordenadora do congresso, Delma Silveira Ibias, revela que "a escolha do tema se deu pelas profundas transformações que a família contemporânea está passando". Para ela é preciso que os operadores de Direito conheçam essa pluralidade e possam refletir e lidar com ela.
Para além das leis - Afora a visão jurídica - que será proporcionada por grandes nomes da área como o ministro do Superior Tribunal de Justiça, Paulo Tarso Sanseverino - o congresso vai tratar dos aspectos psicossociais das relações familiares. Delma Ibias explica que é essencial trazer profissionais da área de psicologia e psiquiatria para abordar o sofrimento que muitos indivíduos experimentam quando há algum problema no âmbito de família. Ela acrescenta que "os participantes podem esperar uma visão moderna que mostra como um fato real influencia a vida da criança e de todos os membros da família".
Temas principais - Nos dois dias do evento, os participantes terão acesso a vários temas e palestras proferidas por representantes de todo Brasil. Merecem destaque os temas: alimentos, união homoafetiva, guarda compartilhada e mediação. A coordenadora do evento conta que será apresentado como esses temas aparecem na vida prática e como a jurisprudência tem se comportado frente a eles.
Presença internacional - A palestra de encerramento do evento será preferida pela ministra da Argentina, Aída Kemelmajer de Carlucci, que estabelecerá comparações entre as legislações que tratam do Direito de Família em diversos países. Delma Ibias explica que "é importante conhecer como é a legislação em outros países para vermos nossos atrasos e avanços". Com relação à Argentina, Delma afirma que "a legislação brasileira está atrasada, isso porque que nossos vizinhos já reconhecem o casamento - e não só a união estável - entre casais homoafetivos". O objetivo principal da palestra final e de todo evento é fomentar ideias que possam contribuir para a formulação de legislações que atendam os anseios da sociedade.
Confira a programação completa no site do evento.
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