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Geórgia aprova lei que restringe os direitos LGBT
O Parlamento da Geórgia aprovou nesta terça-feira (17), um projeto de lei que restringe os direitos da população LGBT. O texto fornece uma base legal para a censura de filmes e livros e para a proibição de eventos afirmativos e exibições públicas da bandeira LGBT no país.
A presidente da Geórgia, Salome Zourabichvili, disse que irá vetar o projeto de lei, mas o partido governista e seus aliados têm assentos suficientes no Parlamento para anular o veto.
O país, localizado na fronteira entre a Europa Oriental e a Ásia Ocidental, tem forte influência da Igreja Ortodoxa. A Constituição da Geórgia proíbe o casamento entre pessoas do mesmo sexo e pesquisas comprovam ampla desaprovação de relacionamentos homoafetivos.
Conforme informações do G1, ativistas dizem que a medida visa aumentar o apoio conservador ao governo antes das eleições parlamentares, que ocorrem em 26 de outubro. O país tem ambições de se juntar à União Europeia, mas governos ocidentais temem que agora esteja se inclinando para a Rússia.
A aprovação do projeto foi comentada pela diretora da ONG Tbilisi Pride, Tamara Jakeli, à agência de notícias Reuters: "Essa lei é a coisa mais terrível que aconteceu à comunidade LGBT na Geórgia. Nós, provavelmente, teremos que fechar. Não há como continuarmos funcionando".
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