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Agosto Lilás: oito filmes que retratam as nuances da violência doméstica
As diversas facetas da violência doméstica atingem as mulheres de formas distintas, e as repercussões são percebidas em diferentes áreas da vida. Impactos da violência física, psicológica, patrimonial, sexual, moral e institucional já permearam grandes obras do cinema – obras essas que jogam luz sobre a questão e fomentam o debate necessário em prol do combate e da proteção das vítimas.
Como parte das atividades do Agosto Lilás, mês dedicado à conscientização para o fim da violência contra a mulher, o Instituto Brasileiro de Direito de Família – IBDFAM aderiu à Articulação Nacional pelo Feminicídio Zero, lançada pelo Governo Federal, a convite do Ministério das Mulheres. Nesta semana, em atenção ao movimento, o Instituto listou oito filmes que retratam as diferentes facetas da violência doméstica. Confira, a seguir:
"É assim que acaba" (2024)
Direção: Justin Baldoni
Onde assistir: Em cartaz nos cinemas
A adaptação do best-seller da escritora Colleen Hoover, estrelada por Blake Lively e Justin Baldoni, pinta o retrato de um relacionamento turbulento, abusivo e doloroso. O filme segue a história de uma jovem florista que se apaixona por um neurocirurgião aparentemente perfeito, mas logo se depara com um contexto de violência doméstica e psicológica. A narrativa explora a complexidade de relações tóxicas e como o amor é muitas vezes utilizado para mascarar o abuso.
“À meia-luz” (1944)
Direção: George Cukor
Onde assistir: Prime Video, disponível para aluguel.
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Um dos grandes clássicos do cinema mundial, À meia-uz (em inglês Gaslight) foi responsável por cunhar o termo “gaslighting”, usado para definir a violência psicológica na qual o abusador distorce, mente e manipula a vítima até ela achar que enlouqueceu e está errada. No longa, a personagem de Ingrid Bergman sofre nas mãos do marido, que diminui a luz e o gás da casa deles para fazê-la questionar a própria sanidade.
“Angela” (2023)
Direção: Hugo Prata
Onde assistir: Prime Video
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A obra retrata a vida e morte de Angela Diniz, socialite brasileira, cujo trágico assassinato em 1976 se tornou um marco na luta contra a violência de gênero no Brasil. A produção explora questões sociais da época, mas que ainda reverberam na atualidade.
“O homem invisível” (2020)
Direção: Leigh Whannell
Onde assistir: Prime Video
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Nesse thriller psicológico, a vítima de um relacionamento abusivo (Elisabeth Moss) suspeita que o falecido ex-namorado se tornou invisível e está manipulando sua vida. O roteiro aborda temas como abuso psicológico e os desafios que as vítimas enfrentam para serem ouvidas.
“Dormindo com o inimigo” (1991)
Direção: Joseph Ruben
Onde assistir: Disney+
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A trama revela os desafios enfrentados por vítimas de violência doméstica na busca por segurança e liberdade. A história gira em torno de uma mulher (Julia Roberts) que parece viver um casamento perfeito. Por trás das aparências, porém, ela sofre com o comportamento abusivo e possessivo do marido, e arma uma estratégia para fugir da situação.
Direção: Tate Taylor
Onde assistir: Prime Video + Telecine
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A protagonista do longa, vivida por Emily Blunt, testemunha uma situação suspeita durante sua viagem diária de trem, que culmina no desaparecimento de uma mulher. No desenrolar da trama, ela descobre verdades sobre o próprio passado, permeado pelo medo, pela violência e pelo abuso.
“Entre mulheres” (2023)
Direção: Sarah Polley
Onde assistir: Prime Video, disponível para aluguel.
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O roteiro é ambientado em uma comunidade religiosa isolada, onde os homens cometem agressões sexuais contra as mulheres. O enredo retrata a união feminina e aborda temas como sororidade, fé e justiça.
“Antes de dormir” (2014)
Direção: Rowan Joffe
Onde assistir: Prime Video + Adrenalina Pura
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No filme, Nicole Kidman interpreta uma escritora que sofre de amnésia após um acidente e passa a depender do marido para entender a vida. Por meio de um diário e do apoio de um psicólogo, ela começa a desvendar uma teia de mentiras e questionar a confiança que sente no marido.
Disque 180
Denúncias de casos de violência contra a mulher podem ser feitas por meio da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, canal que presta escuta humanizada e qualificada às mulheres em situação de violência e encaminha as denúncias aos órgãos competentes. O serviço funciona 24 horas por dia, durante toda a semana, em todo o território nacional e em outros 16 países. A ligação é gratuita.
Por meio desse ramal, também é possível receber informações sobre os locais de atendimento mais próximos e apropriados para cada caso, como a Casa da Mulher Brasileira, Centros de Referências, Delegacias de Atendimento à Mulher – DEAM, Defensorias Públicas e Núcleos Integrados de Atendimento às Mulheres, entre outros.
Por Débora Anunciação
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