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Brasil registrou 273 mortes violentas de pessoas LGBTQIAP+ em 2022
Em 2022, foram registradas ao menos 273 mortes violentas de pessoas LGBTQIAP+ no Brasil. Desses casos, 228 foram assassinatos, 30 foram suicídios e 25 foram de outras causas, como morte decorrente de lesões por agressão.
O levantamento foi realizado pelo Observatório de Mortes Violentas Contra LGBTI+ em parceria com a Associação Nacional de Travestis e Transexuais – Antra e a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos – ABGLT, divulgado pela Folha de S. Paulo.
Por ausência de dados oficiais, as principais fontes consultadas foram notícias publicadas na mídia.
Travestis e transexuais representam a maior parte dos mortos (58%), seguidos por gays (35%), lésbicas (3%) e homens trans (3%).
Em 2021, ocorreram 316 mortes violentas. Ou seja, em um ano, houve redução de 14% no total de mortos.
A coleta de dados foi iniciada em 2000, quando foram computados 130 óbitos. Em 2017, foi registrado o pico da série histórica, com 445 mortos.
Em 2022, segundo os pesquisadores, a idade das vítimas variou de 13 a 75 anos. A maior parte dos mortos são jovens adultos entre 20 e 29 anos (33,33%).
Dos 273 casos computados, foi identificada raça de 187 indivíduos, correspondendo a 68,5% do total: 94 eram brancas e 91 pretas ou pardas. Houve dois casos de pessoas indígenas.
Sobre o método empregado, 74 mortes foram causadas por arma de fogo e 48 foram por esfaqueamento.
Nordeste (118) e Sudeste (71) foram as regiões com mais ocorrências levantadas.
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