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Gravidez na adolescência é mais frequente entre indígenas; acesso ao pré-natal é menor
No Brasil, a maternidade na adolescência tem-se tornado mais frequente entre jovens indígenas, que têm menor acesso ao acompanhamento pré-natal. Os dados são de pesquisa divulgada nesta semana pela Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz.
O levantamento, feito em parceria com o Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia – UFBA, o Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia) e o Fundo de População das Nações Unidas – Unfpa, utilizou dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos – Sinasc e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan-Datasus, do Ministério da Saúde.
Conforme a pesquisa, entre os bebês nascidos de mulheres indígenas de 2008 a 2019, quase 30% são filhos de jovens indígenas de 10 a 19 anos. O número de bebês nascidos de mães adolescentes entre 2008 e 2019 chega a 6.118.205, e, em 95,14% dos casos, as mães tinham entre 15 e 19 anos.
Destacada na pesquisa por “fortes evidências de gravidez relacionada a situações de violência sexual”, a faixa etária de 10 a 14 anos corresponde a cerca de 5% dos casos. De acordo com a pesquisa, essas adolescentes tiveram 296 mil bebês no período.
O estudo também revelou que 10% das adolescentes indígenas que tiveram bebês entre os 10 e 14 anos não tiveram nenhuma consulta de pré-natal. Já no grupo de mães indígenas de 15 a 19 anos, somente 26,6% das adolescentes tiveram acesso a pelo menos sete consultas pré-natais.
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