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Liberação masculina?
Será que as mulheres conseguem, nos dias de hoje, avaliar o que nos custou a obtenção da cidadania? Ainda habita nossa memória a trajetória do movimento feminista na busca da tão almejada igualdade?
A mulher deixou de ser considerada o sexo frágil, cuja virgindade era o símbolo de sua castidade, atributo que lhe assegurava a qualidade de pureza e honradez. Não mais é tida como a rainha do lar, responsável pela harmonia da família, tendo por único ponto de realização as tarefas domésticas de cuidado do marido, da casa e dos filhos.
O acesso à educação, à profissionalização, ao mercado de trabalho acabou por duplicar a jornada de trabalho feminino. O homem deixou de desempenhar com exclusividade sua principal “obrigação”: a de provedor da família, encargo que passou a dividir com a mulher.
Também outros “privilégios” foram perdidos: viajar sentada nos ônibus e metrôs, ser saudada sem chapéu, ter preferência em filas. Não mais existem tarefas em que a mulher seja “poupada”, por exigirem maior resistência física. Ela invadiu todas as profissões e está ocupando cada vez espaços maiores.
Tudo isso leva a questionar se o movimento de liberação foi feminino ou masculino. O homem não mais mantém o lar, não mais paga a conta, esqueceu os galanteios... mas também não divide as tarefas domésticas, não auxilia no cuidado dos filhos, não se responsabiliza pela administração do lar, função que continua sendo exclusivamente da mulher.
Será que valeu a pena? Será que todas as vitórias trouxeram vantagens?
A resposta só pode ser afirmativa, principalmente quando a mulher conseguir impor respeito à sua integridade física, deixando de silenciar diante da violência doméstica.
No momento em que a sociedade entender que igualdade é o respeito à diferença, seremos todos, homens e mulheres, iguais. Estaremos igualmente libertos. A igualdade é o pressuposto da liberdade, sendo esses os requisitos indispensáveis para o desenvolvimento pleno e sadio da família, a qual deve valorar e praticar a solidariedade e o afeto, elementos estruturantes do ser humano.
(*) Desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul
A mulher deixou de ser considerada o sexo frágil, cuja virgindade era o símbolo de sua castidade, atributo que lhe assegurava a qualidade de pureza e honradez. Não mais é tida como a rainha do lar, responsável pela harmonia da família, tendo por único ponto de realização as tarefas domésticas de cuidado do marido, da casa e dos filhos.
O acesso à educação, à profissionalização, ao mercado de trabalho acabou por duplicar a jornada de trabalho feminino. O homem deixou de desempenhar com exclusividade sua principal “obrigação”: a de provedor da família, encargo que passou a dividir com a mulher.
Também outros “privilégios” foram perdidos: viajar sentada nos ônibus e metrôs, ser saudada sem chapéu, ter preferência em filas. Não mais existem tarefas em que a mulher seja “poupada”, por exigirem maior resistência física. Ela invadiu todas as profissões e está ocupando cada vez espaços maiores.
Tudo isso leva a questionar se o movimento de liberação foi feminino ou masculino. O homem não mais mantém o lar, não mais paga a conta, esqueceu os galanteios... mas também não divide as tarefas domésticas, não auxilia no cuidado dos filhos, não se responsabiliza pela administração do lar, função que continua sendo exclusivamente da mulher.
Será que valeu a pena? Será que todas as vitórias trouxeram vantagens?
A resposta só pode ser afirmativa, principalmente quando a mulher conseguir impor respeito à sua integridade física, deixando de silenciar diante da violência doméstica.
No momento em que a sociedade entender que igualdade é o respeito à diferença, seremos todos, homens e mulheres, iguais. Estaremos igualmente libertos. A igualdade é o pressuposto da liberdade, sendo esses os requisitos indispensáveis para o desenvolvimento pleno e sadio da família, a qual deve valorar e praticar a solidariedade e o afeto, elementos estruturantes do ser humano.
(*) Desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul
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