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O Direito das Famílias e a Importância do Setembro Amarelo.
O Direito das Famílias e a Importância do Setembro Amarelo.
Kelly Moura Oliveira Lisita
Mês de setembro é conhecido como “setembro amarelo”, por enfatizar a necessidade de falar sobre a saúde mental, precisamente situações que chamam a atenção de um fato triste e irreversível, que é o suicídio provocado pela depressão.
Trata-se de um assunto, por muitas pessoas, desconhecido em seu significado, importância e consequências, sendo essas as vezes, irreversíveis.
Infelizmente boa parte da população tem sofrido com crises de ansiedade, traumas psicológicos, depressão, que por sua vez, tem contribuído para um número considerável de suicídio.
A orientação para o tratamento das situações acima descritas, é buscar o auxílio de profissionais especializados, como médicos psiquiatras e os psicólogos.
É de suma importância o tratamento e o acompanhamento médico, sem excetuar o da família, que é parte também no processo do tratamento, que se inicia com a descoberta da depressão até a fase da cura ou da fase paliativa bem-sucedida que possibilita o retorno à vida cotidiana do paciente em questão.
A depressão tem acometido pessoas de diversas faixas etárias e a família tem um papel relevante para detectar os sinais da depressão, por exemplo: os pais devem estar sempre atentos às mudanças comportamentais de seus filhos. Isolamento, tristeza, angústias, desmotivação rotineira podem indicar que algo não está bem e então faz-se necessário buscar auxílio médico.
Os pais são responsáveis legalmente e afetuosamente por seus filhos enquanto menores. As pessoas idosas também merecem atenção quanto a alteração de seus hábitos e atitudes.
A pessoa depressiva precisa ser compreendida como alguém que necessita de ajuda. É alguém que está sofrendo de imensa tristeza, que deixa de perceber o sentido da vida, que em algumas situações, quer apenas ser ouvida e não ser julgada!
Apoio e carinho aliados ao companheirismo e ao aconselhamento da busca pelo tratamento adequado são fundamentais para quem padece de dores na “alma” (Tristeza profunda, desmotivação) e até dores físicas, pelo surgimento de doenças psicossomáticas, que só podem ser diagnosticadas e tratadas por médicos.
A depressão é motivo de diálogo urgente! Jamais deve ser interpretada como uma simples e célere tristeza. O diálogo com o familiar acometido de depressão, que quer ser acolhido ainda que demonstre preferir ficar sozinho, quando há isolamento e não socialização, auxilia a compreensão do conflito vivenciado pela pessoa depressiva.
Compreender que a depressão ceifa vidas, sem escolher pessoas e idade, é compreender que a vida pede socorro.
Kelly Moura Oliveira Lisita
Advogada. Membro da Comissão do Direito das Famílias da OAB GO. Docente Universitária. Tutora em EAD. Articulista.
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