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Dialogando com as ferramentas da mediação
Fabiana Borba Hilario
Ana Paula Ferraz
A necessária luta pela comunicação assertiva e transformativa, o entendimento como meio e a esperança de uma nova cultura são qualificadores dos métodos consensuais e da mediação por excelência, em um processo de transformação de conflitos, em especial às relações familiares, em que se objetivam os momentos e suas consequências. Um método dialogal autocompositivo, judicial ou extrajudicial, de ocorrências múltiplas e, nem sempre, de motivadores justos.
Centrado na utilização das técnicas de mediação auxiliando no dialogo transformativo, como um conjunto de atuação junto aos conflitos familiares, na busca do resultado com a utilização multidisciplinar. As dificuldades atuais do judiciário em solução de conflitos, que o sobrecarregam e não conferem a melhor decisão para as partes, conduzem à mediação a responsabilidade de solucionar em consenso. Esta via de aproximação e solução de conflitos familiares pode auxiliar todo o sistema e proporcionar a retomada do diálogo.
Assim, como objetivo fundamental a condição de utilização das ferramentas da mediação nos conflitos familiares. Da maneira como está proposta, no atual ordenamento jurídico brasileiro, representa um método adequado tanto para a solução dos conflitos como para as questões paralelas, em especial, facilitar o acesso à justiça com dialogo assertivo e qualitativo.
Diante destas realidades, busca-se neste sentido conceituá-la, revelar seus procedimentos, estabelecer a diferenciação dos métodos, o amparo jurídico e o entendimento atual jurisprudencial, bem como demonstrando seu objetivo enquanto proposta e adequação às novas realidades, evidenciando possibilidades.
Utilizando-se a metáfora das ferramentas, de forma que cada elemento signifique uma possibilidade de utilização em determinado momento, razão pela qual a responsabilização e a vontade individual são preponderantes em todo o processo. Ainda, uma investigação para identificar se a proposta se apresenta como suficiente para transpor as dificuldades de acesso à Justiça brasileira.
Nesta conjectura, as recentes mudanças no ordenamento jurídico representam um acréscimo de significância positiva, embasam uma nova cultura, ou pretendem, voltada para o melhor resultado dos conflitos e por consequência uma diminuição na busca do judiciário.
As formas de comunicação, através das ferramentas da mediação empregadas no entendimento e na obtenção de resultados, intervêm na qualidade de vida familiar e por consequência, refletindo na comunicação social como um todo, esta sequência qualitativa dialogal, como método necessário, pois advertem para maior qualificação do comunicador, seja inserido para mediar, ou em sua comunicação social e familiar, possibilitando a admissão de uma composição multidisciplinar.
Em resumo, a utilização das ferramentas da Mediação e seu entendimento, como viabiliza-la no conjunto dos conflitos trazendo à realidade dos mesmos uma visão da solução consensual, uma forma qualificada de resultados que agregam diálogos transformativos e, em especial, proporcionar um caminho, tanto do ponto de vista social como familiar, que projete como função qualificativa a não interrupção do diálogo, pois, consensual que é, avança no sentido das transformações necessárias aos diversos encontros conflituosos.
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